Opinião

Projeto prorroga até 2026 a desoneração da folha de pagamento de empresas de 17 setores

O fim da desoneração, previsto para 31 de dezembro, poderá custar ao menos 6 milhões de postos de trabalho. Leia os destaques de Cláudio Humberto

Cláudio Humberto
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Cláudio Humberto
Publicado em 17/08/2021 às 6:45 | Atualizado em 17/08/2021 às 6:48
Marcello Casal JrAgência Brasil
Brasília 60 Anos - Palácio Itamaraty - FOTO: Marcello Casal JrAgência Brasil

Câmara espera adesão de Guedes a desoneração

O deputado Efraim Filho (DEM-PB) afirmou que a Câmara espera a adesão do governo, por meio do ministro Paulo Guedes (Economia), ao seu projeto que prorroga até o ano de 2026 a desoneração da folha de pagamento de empresas de 17 setores, que empregam milhões de pessoas em todo o País. O fim da desoneração, previsto para 31 de dezembro, poderá custar ao menos 6 milhões de postos de trabalho. O parlamentar lembra que um país que soma 15 milhões de desempregados não pode favorecer o extermínio ainda maior de vagas. "Cada desempregado é um consumidor a menos, com impacto direto na retomada do crescimento", sustenta Efraim Filho. O deputado acha que a oneração da folha rima com distorção, na medida em que pune a geração de empregos. O projeto que prorroga a desoneração da folha de pagamento está sob exame da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara.

Baixa adesão

Em Brasília, nessa segunda (16), setores de oposição não sabiam ao certo se trombeteavam ou jogavam para debaixo do tapete a nota pública de 14 governadores manifestando solidariedade aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) criticados pelo presidente Jair Bolsonaro. O problema é que 12 dos 14 governadores são opositores do governo e ao menos três tentam se viabilizar à sucessão presidencial. Outros, importantes, como Romeu Zema (MG), do Novo, ficaram de fora. Dos 14 signatários, são considerados independentes apenas Ibaneis Rocha (MDB), do Distrito Federal, e Belivaldo Chagas (PSD), de Sergipe. Três dos que assinaram a nota são pré-candidatos a presidente: Eduardo Leite (RS) e João Doria (SP), do PSDB, e Flávio Dino (MA), do PSB. No STF, ontem, era indisfarçável um certo desapontamento com a adesão de apenas metade dos governadores à nota pública.

Sem relações

Desde 2015, a embaixada do Afeganistão em Washington representa os interesses do país em Brasília. E a nossa embaixada em Islamabad (Paquistão) representa o Brasil junto ao governo de Cabul. A nota do Itamaraty sobre a crise, como sempre, foi adequada e profissional.

Bateu, levou

O STF reage a iniciativas contra Bolsonaro após cada estocada em ministros. Ontem cobrou parecer da PGR sobre ação do PT, certamente insuspeita, de "uso indevido" de veículos de imprensa oficiais.

'Doces bárbaros'

A repórter da CNN em Cabul, Clarissa Ward, inocentinha, chamou de "amistosos" os talibãs que invadiram o palácio do governo entoando "Morte à América!" Não deve ter sido percebida pelos "simpaticões".

Que vexame

Biden, o idiota, diz não se arrepender do que fez, levando suas tropas a fugir, abandonando milhares de civis americanos e afegãos que os EUA têm obrigação de proteger do banho de sangue da retaliação talibã.

Ineficaz

O comunicado da ONU em relação à situação no Afeganistão pareceu uma Miss Universo pedindo a paz mundial. Sem nenhum efeito prático e ignorando peculiaridades locais, queria formar um governo ocidental.

Loteamento

Em vídeo a petroleiros, o ex-presidiário Lula diz que a Petrobras não é "de um presidente, um sindicato, não é de uma categoria". Ele tem razão. Mas ao lotear a estatal em seu governo, permitiu que fosse saqueada.

Frase

"Eu não lamento a minha decisão". Joe Biden, presidente dos EUA, tentando explicar a fuga vexatória do Afeganistão.

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