OPINIÃO

Saidinha dos presídios voltará a debochar esta semana das vítimas de crimes, inclusive violentos

O trabalhador honesto tem férias anuais de 30 dias, mas no Brasil os bandidos adquiriram o "direito" a 35 dias anuais fora dos presídios. Leia os destaques de Cláudio Humberto

Cláudio Humberto
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Cláudio Humberto
Publicado em 13/09/2021 às 6:24
Foto: Guga Matos/JC Imagem
A saidinha é em virtude do Dia das Crianças - FOTO: Foto: Guga Matos/JC Imagem

Saidão reitera deboche

Chamada de "saidão" ou "saidinha", a depender da região, essa invenção brasileira voltará a debochar esta semana das vítimas de crimes, inclusive violentos. Só em São Paulo vão para a rua por seis dias, entre esta terça (14) e domingo (20), mais de 37 mil encarcerados para que, a título de Dia da Criança, passem tempo com filhos e netos nos quais não pensaram quando cometeram seus crimes. Entre os beneficiados estará quem matou Isabella Nardoni, garotinha de apenas 6 anos incompletos. Autoridades são insensíveis ao deboche. Suzane von Richthofen, que matou seus pais, celebra há anos o Dia das Mães e Dia dos Pais. O trabalhador honesto tem férias anuais de 30 dias, mas no Brasil os bandidos adquiriram o "direito" a 35 dias anuais fora dos presídios. São frequentes levantamentos indicando aumento da criminalidade e fuga de presos soltos nas "saidinhas" e "saidões", mas nada muda.

Moeda mais forte dos Brics

Nem mesmo a reunião dos países do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), na última quarta-feira (8), foi capaz de inspirar o noticiário econômico a fazer justiça à moeda brasileira. O real se consolida como a mais forte moeda dos países do Brics, valendo mais que o rublo russo, a rúpia indiana, o yuan chinês e o rand sul-africano. O problema são as indexações na economia brasileira ao dólar, vinculando produtos 100% nacionais à cotação internacional, como nos preços da Petrobras. A estatal é dona de monopólio, paga funcionários e impostos em reais, mas há anos vincula sua política de preços ao dólar. O dólar está cotado em 5,27 reais, mas vale 6,44 yuan (China), 14,21 rand (África do Sul), 73,20 rublos (Rússia) e 73,53 rúpias (Índia). A luta contra o dólar não pode ser vencida e países tipo Suécia e Japão já deram de ombros. Um dólar vale 8,62 coroas suecas e 110,20 ienes.

Defesa abusiva?

O presidente do TSE, ministro Luis Roberto Barroso, deveria explicar sua crítica, no discurso de quinta (9), a um certo "constitucionalismo abusivo". Ficou parecendo que não se deve exagerar na defesa da Constituição.

Missão possível

Ao chegar em Brasília, o ex-presidente Michel Temer, apreensivo, deixou escapar a um amigo do MDB: "esta é uma missão quase impossível". Estava errado: Bolsonaro logo assinaria a "Declaração à Nação".

Indígena civil

Após o relator do marco temporal das terras indígenas, ministro Luiz Edson Fachin, votar contra o entendimento atual favorável ao marco, o Supremo Tribunal Federal retoma o julgamento nesta quarta-feira (15).

Foco no 5g

Fábio Faria (Comunicações) participa nesta terça do Painel Telebrasil 2021. O ministro fará a abertura da conferência, que terá como assunto principal a chegada do 5G no Brasil e seus impactos nas comunicações.

Volta ao mundo

Apesar da covid, brasileiros gastaram quase US$2 bilhões no exterior, segundo o Banco Central. A previsão é de disparada no valor com a maioria dos países aceitando brasileiros vacinados e pesquisa Booking mostra que 75% dos brasileiros estão ansiosos pela próxima viagem.

5º movimento

O ex-presidente da Câmara Aldo Rebelo fará palestra nesta segunda (13), às 13h, na Associação Comercial de São Paulo sobre seu livro "O Quinto Movimento, Propostas para uma construção inacabada".

Frase

"Toda instituição republicana ou Poder só existem para servir ao País" - Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, sobre a Declaração à Nação de Bolsonaro.

 

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