Opinião

Para favorecer seu próprio projeto eleitoral, Rodrigo Pacheco pode imobilizar Governo Bolsonaro

A classe política reagiu com preocupação ao açodamento de Pacheco, muito ansioso na tentativa de emplacar sua candidatura presidencial. O temor é que, para se credenciar à vaga de vice de Lula, uma de suas opções, Pacheco pode assumir papel efetivo na paralisia do governo. Leia os destaques de Cláudio Humberto

Cláudio Humberto
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Cláudio Humberto
Publicado em 28/10/2021 às 6:49 | Atualizado em 28/10/2021 às 6:49
PEDRO CONTIGO/SENADO FEDERAL
Rodrigo Pacheco não tem experiência no Poder Executivo, mas como deputado federal (PMDB) ele foi presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e como senador, tornou-se presidente do Congresso Nacional - FOTO: PEDRO CONTIGO/SENADO FEDERAL

Temor de ação de Pacheco

Criando dificuldades para pautar votação de projetos e reformas essenciais ao País, o pré-candidato a presidente da República Rodrigo Pacheco já está sob observação dos líderes do Senado. O temor é que, para prejudicar o atual presidente da República e favorecer seu próprio projeto eleitoral, Pacheco simplesmente paralise e imobilize o governo, que necessita de autorização legislativa para implantar suas pautas. Rompido com Dilma Rousseff, o então presidente da Câmara Eduardo Cunha paralisou o governo petista, "segurando" votações importantes. A classe política reagiu com preocupação ao açodamento de Pacheco, muito ansioso na tentativa de emplacar sua candidatura presidencial. O temor é que, para se credenciar à vaga de vice de Lula, uma de suas opções, Pacheco pode assumir papel efetivo na paralisia do governo. A falta de votações pode demorar a ser percebida pela opinião pública porque, afinal, a presidência Pacheco já firma reputação de "roda presa".

Brasil imuniza o dobro dos EUA

O Brasil aplicou 174 milhões de doses desde 1º de julho, o que equivale a média diária de 1,45 milhão de vacinas aplicadas nos últimos quatro meses. O ritmo brasileiro é quase o dobro dos Estados Unidos, que aplicaram 88,5 milhões de doses no mesmo período, e explica por que os brasileiros ultrapassaram os norte-americanos na vacinação proporcional. E enquanto os números da pandemia caem por aqui, nos EUA sofrem uma "quarta onda", com crescimento de casos e óbitos. No Brasil, 74,5% da população recebeu uma dose e 52% está imunizada com duas ou dose única. Nos EUA são 65,6% e 56,7%, respectivamente. Nos últimos 119 dias, os EUA registraram 139.030 mortes ou 1.168 por dia. Enquanto isso, o Brasil perdeu 88.433 vidas, média de 743 por dia.

Tamos aí

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, admitiu pela primeira vez, nessa quarta (27), deixar o cargo para disputar mandato eletivo, em 2022. Bolsonaro deseja que ele se candidate ao governo de São Paulo.

Perto do fim

Um dos motivos que levaram Brasília, Rio de Janeiro e outras cidades a suspender a obrigatoriedade da máscara é que o Brasil tem menos de 200 mil casos ativos de covid pela primeira vez desde maio de 2020.

Sem serventia

Rodrigo Maia volta ao mandato prometendo "liderar a oposição". Sua longa e solitária caminhada ao gabinete, ontem, mostrou que se ele liderasse alguma coisa, Baleia Rossi seria o presidente da Câmara.

No popular

José Medeiros (Pode-MT) ironizou Marcelo Freixo (Psol-RJ) por pedir a prisão de Jair Bolsonaro, em cujo governo "não tem corrupção", após agir contra "operações nos morros durante a pandemia".

Bye, bye

A sul-africana Sibanye negocia com o fundo londrino Appian a compra da Mineração Vale Verde, que opera a mina de Serrote, em Alagoas, prometendo produzir 50 mil toneladas de concentrado de cobre por ano.

Máximo é média

O preço recorde de R$ 7 por litro de gasolina assustava, mas já é quase o novo normal. O preço médio na região Centro-Oeste passou de R$ 6,52, o mais caro do país, segundo levantamento TicketLog em 21 mil postos.

Frase

A Petrobras só presta serviço aos acionistas, a mais ninguém" - Presidente Jair Bolsonaro, ao afirmar que a estatal apenas lhe dá dor de cabeça.

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