COLUNA CLÁUDIO HUMBERTO

Para enfrentar as "tarifas altíssimas" das empresas aéreas

Para enfrentar as "tarifas altíssimas" das empresas aéreas e outros maus tratos a passageiros, como anunciou, o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL) terá que enfrentar o influente lobby do setor em seu próprio terreiro

Cláudio Humberto
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Cláudio Humberto
Publicado em 19/01/2022 às 7:03 | Atualizado em 22/01/2022 às 4:21
MAURO PIMENTEL / AFP
REGRAS Hoje, bagagens de 23 quilos são cobradas em voos nacionais e as de 32 quilos nos internacionais - FOTO: MAURO PIMENTEL / AFP

Para enfrentar as "tarifas altíssimas" das empresas aéreas e outros maus tratos a passageiros, como anunciou, o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL) terá que enfrentar o influente lobby do setor em seu próprio terreiro, que estes dias conseguiu, na maior cara-de-pau, derrubar um projeto que procurava garantir conforto maior aos passageiros. O problema é a fiel "bancada das aéreas", nas duas casas do Congresso, sempre a postos para defender interesses do setor. O deputado Walderlei Macris (PSDB-SP) liderou a derrubada do projeto prevendo espaço digno entre poltronas, para conforto dos passageiros. Arthur Lira ficou estarrecido ao verificar, entre outros males, que as passagens aéreas no Brasil estão entre as mais caras do planeta. Macris sepultou o projeto de maior conforto aos passageiros alegando que a Anac "não precisa de lei para editar regulamento sobre o tema". Ele ignora que nada pode ser feito no setor público sem previsão legal. A Anac precisa de lei. Ou as empresas continuarão dando as ordens.

Greve afeta quem teve de abrir mão

É vergonhosa a ameaça de pelegos de 40 sindicatos do funcionalismo de cruzar os braços e negar serviços à população que os sustenta, e com grande sacrifício. Uma população que no setor privado abriu mão de até 70% do salário, conforme lei aprovada no Congresso, em troca de preservar o emprego, enquanto o setor público se recusava a dar sua parcela de sacrifício, com redução de jornada e salários, para que o Brasil enfrentasse a crise econômica provocada pela pandemia. Os sindicatos que ameaçam suprimir serviços públicos dos brasileiros são controlados por partidos políticos com candidatos a presidente. Alguns dos pelegos que fazem barulho representam categorias cujos salários iniciais variam entre R$ 23 mil e R$ 27 mil. A pelegada sabe que aumento de 28,2% é uma mentira, porque gastos de governo devem ter previsão no Orçamento. E não há essa previsão.

Faustão

Nem a ameaça de greve ou a campanha eleitoral mobilizaram as conversas nos corredores e gabinetes do Palácio do Planalto. Ontem pela manhã, o tititi era a estreia do Faustão na Band.

Tiro no pé

Ao fazer demagogia com policiais, prometendo-lhes aumento, o presidente Jair Bolsonaro deu aos pelegos o pretexto que buscavam para iniciar a campanha eleitoral ameaçando a população com a greve.

São uns artistas

O Carnaval começa em 25 de fevereiro. Não por acaso, a pelegaga ameaça greve de servidores "na segunda quinzena" de fevereiro. Ninguém é de ferro, principalmente às custas do pagador de impostos.

Sem aumento

Especialista em orçamento, o vice Hamilton Mourão destacou a lorota do "aumento de 26%". O Orçamento não prevê, nada feito. É a lei. Mourão vê dificuldade até de aplicar aqueles R$ 1,7 bilhão previstos.

Números

Foram aplicadas mais de 1,5 milhão de doses de vacinas somente entre segunda e terça-feira desta semana. Apenas nos finais de semana a média de aplicação de vacinas cai à metade, em todo o País.

Retomada

A projeção da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é que o Brasil produziu 47,7 milhões de sacas de café em 2021. Aumento anual de 16,8%, mas está longe do recorde de 63 milhões colhidas em 2020.

Frase

"Estou 100% confiante na reeleição do presidente" - Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara dos Deputados.

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