ABUSIVO

Projeto torna Lei de Planos de Saúde mais cruel

O projeto 7419 autoriza, por exemplo, aumento de até 500% no valor do plano quando o cliente atinge 59 anos

Cláudio Humberto
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Cláudio Humberto
Publicado em 17/05/2023 às 7:03
Tânia Rêgo / Agência Brasil
Lei do Estatuto do Idoso proíbe reajuste dos Planos de Saúde a partir dos 60 anos em razão da idade - FOTO: Tânia Rêgo / Agência Brasil

Projeto torna Lei de Planos de Saúde mais cruel

Relator do projeto que altera a Lei dos Planos de Saúde, o deputado Duarte Junior (PSB-MA) está espantado com a ousadia do texto original, pró-operadoras, cujo faturamento anual é estimado em mais de R$ 250 bilhões. O projeto 7419 autoriza, por exemplo, aumento de até 500% no valor do plano quando o cliente atinge 59 anos. A jogada é criminosa: a lei do Estatuto do Idoso proíbe reajuste a partir dos 60 anos em razão da idade, daí a proposta que autoriza o aumento escandaloso aos 59 anos.

Olha a canalhice

O projeto reduz a cobertura de doenças graves adquiridas como câncer, sem cobertura de cirurgia, e diabetes. O plano bancaria só os remédios.

Votação até junho

Não é uma possibilidade remota: o projeto que prejudica ainda mais o consumidor tramita em regime de urgência e será votado até junho.

Segmentações

Duarte promete substitutivo que proteja o cidadão, removendo jabutis como a criação de mais segmentações que desamparam o paciente.

Investidas a granel

O projeto do ex-senador Luiz Pontes (PSDB-CE) tramita com 265 outras propostas, a maioria ruim, de mudanças no sistema privado de saúde.

Delegado que apurou facada deve ouvir Palocci

Rodrigo Morais, delegado da Polícia Federal que investigou a facada em Jair Bolsonaro, então candidato à Presidência da República, em 2018, deve ser o responsável por ouvir novo depoimento de Antônio Palocci. Ex-petista e homem forte dos governos Dilma e Lula, Palocci foi alvejado pela Lava Jato, que, após delação premiada, tenta desqualificar. A oitiva de Palocci ainda não teve a data divulgada, mas o roteiro está traçado.

Ligação

Na Lava Jato, aposta-se que Palocci vai tentar ligar o ex-juiz Sérgio Moro ao delegado Filipe Pace, que assinou a delação do ex-petista.

Casadinha

A ideia da defesa seria rever o acordo, alegando que a delação não teria sido espontânea e sim uma “atuação conjunta” de Moro e Pace.

Curitiba

Antes de falar à PF, Antônio Palocci será ouvido pelo atual juiz da operação, Eduardo Appio. A oitiva ocorre nesta sexta-feira (19).

Metade do dobro

Em Brasília, no dia que a Petrobras anunciou corte de R$0,40 no preço da gasolina, os motoristas foram surpreendidos com um novo preço na bomba, só que para mais. Postos subiram entre R$0,30 e R$0,40.

Na cola da ministra

O Ministério Público do Rio abriu inquérito contra a ministra Daniela Carneiro (Turismo). Em sua campanha para deputada federal, ela pagou R$1 milhão para gráfica inexistente no endereço informado.

Amigos, amigos

O prefeito de Fortaleza (CE), José Sarto (PDT), diz ter mais “convergências que divergências” com o governador petista Elmano de Freitas. Mas não há nada definido para a eleição de 2024, disse.

Mais que prévio

O jornalista Rodrigo Constantino foi informado pelo YouTube que “uma decisão judicial” obrigou a retirada de um dos seus vídeos do ar. O problema é que o vídeo nem sequer havia ido para o ar.

Baixa no PL

A Justiça Eleitoral do Ceará formou maioria para cassar o mandato de quatro deputados do PL, opositores ao governador petista Elmano de Freitas. PT e Psol dizem que o partido fraudou cota por gênero. Detalhe: dos quatro deputados que podem ser cassados, duas são mulheres.

Rejeitado

Prevista para ser votado semana que vem, a regra fiscal não deve contar com apoio do PL. O presidente nacional do partido, Valdemar Costa Neto, disse que o partido votará integralmente contra a proposta.

Nome fantasia

Porque “arcabouço fiscal” é nome feio, sem apelo, governistas mudaram o nome do projeto para “regime fiscal sustentável”. Por enquanto, o único consenso, segundo o relator Cláudio Cajado.

Passou

A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprovou o perdão para partidos políticos que cometeram crimes eleitorais entre 2015 e 2022. A votação foi folgada, 45 a 10 pela anistia. O texto segue para o Plenário.

Pensando bem...

...em vez de banco dos Brics, deveriam ter nomeado Dilma para acabar com a Petrobras de uma vez.

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