Atacarejo é opção para economizar

Publicado em 03/05/2016 às 20:43 | Atualizado em 04/05/2016 às 20:33
Pesquisar é essencial para economizar. Preços variam entre supermercados. Foto: Diego Nigro/JC Imagem
FOTO: Pesquisar é essencial para economizar. Preços variam entre supermercados. Foto: Diego Nigro/JC Imagem
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Atacado de autosserviço viu faturamento crescer 12% e abriu 50 novas lojas no País em 2015. Foto: Diego Nigro/JC Imagem Atacado de autosserviço viu faturamento crescer 12% e abriu 50 novas lojas no País em 2015. Foto: Diego Nigro/JC Imagem Com a oferta de produtos mais baratos, o atacado de autosserviço, conhecido como atacarejo, se tornou mais procurado pelo consumidor na hora de fazer a feira do mês. Até mesmo as classes mais abastadas estão aderindo à modalidade. Segundo pesquisa da consultoria Kantar Worldpanel, ano passado, 49% das famílias das classes A e B foram ao menos uma vez a esse tipo de estabelecimento. A consultoria calcula ainda que  3,7 milhões de famílias de todos os níveis socioeconômicos começaram a fazer compras no atacarejo em 2015. O setor, que caminha na contramão da crise, abriu 50 lojas no País e cresceu 12% no faturamento nominal no mesmo ano. As informações são da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (Abad). A explicação é simples: por causa da crise, o consumidor procura racionalizar a compra para valorizar o dinheiro. Entre as vantagens do atacarejo estão preços no valor do atacado, oferta de grandes quantidades e variedade. “Durante a pesquisa da cesta básica, entramos em contato com 7 supermercados e constatamos a migração para o atacarejo, principalmente da classe média. O cliente deve aproveitar a oferta do produto em vários formatos, como sachês, caixas e sacos, porque os preços variam. Além disso, o fornecedor deve informar um valor unitário e a medida, como quilo, litro ou peso. Assim, é possível comparar e medir quanto está realmente pagando e levando para casa", aconselha o gerente de Atendimento do Procon Estadual, Flávio Sotero. O órgão realizará reunião com representantes de supermercado para orientar que seja cumprida a lei federal 10.962, que determina a disponibilização dessas referências. JC-ECO0505_DEF01_CONSUMO-web Uma forma de economizar é fazer feira em grupo para dividir os custos. A policial militar Emelli Pinheiro, 26 anos, faz compras junto com familiares e vizinhos. “Há dois anos comecei a frequentar atacarejos. É perfeito para comprar alimentos não perecíveis. É bem mais em conta. Às vezes me programo para ir ao supermercado junto com vizinhos. Vem muita gente, aí fica mais barato”, relata. Para quem compra só, também é uma boa opção. “Moro com minhas duas filhas e há anos vou a atacados. É muito mais barato”, comenta a vigilante Mariclécia Moura, 37. Segundo a Abad, no Nordeste, o cliente é três vezes mais fiel ao modelo do autosserviço do que no Sudeste. A predominância da operação do atacado de autosserviço é de 20,9% naquela região. Para o diretor-presidente do Atacadão, Roberto Müssnich, o motivo da mudança é a valorização do poder de compra. “A procura das famílias cresceu desde meados do ano passado. Elas entendem a nossa proposta e sabem que vão encontrar preço justo, variedade e  qualidade.” Para não ficar para trás, os varejistas estão tentando acompanhar a tendência. A rede Extra implantou na semana passada sistema de descontos progressivos, semelhante aos ofertados na concorrência. Funciona da seguinte maneira: na compra de uma unidade participante, o cliente ganha 20% de desconto; na compra de 2 produtos iguais, o segundo sai pela metade do preço; na compra de 3, o cliente leva um grátis. Mil itens de diversas áreas participam da promoção. “O consumidor vai poder decidir como quer economizar. Implantamos uma dinâmica sem prazo para terminar. No fim, o cliente poderá conferir, no cupom, quanto economizou. Experimentamos em São Paulo, em abril, e verificamos grande recepção do público”, afirma o gerente de Marketing do Extra, Eandres Gomes Aguiar.

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