ENSINO

Se eu matricular meu filho no ensino remoto, posso mudar para o presencial ao longo deste ano?

A dúvida pode estar adiando a decisão de muitas famílias que estão tendo que optar agora pelo sistema de aulas que seus filhos terão em 2021. Escolas falam da importância do planejamento

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Edilson Vieira

Publicado em 21/01/2021 às 20:27
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A administradora Nádia Figueiredo, já sabe como será o ano letivo da filha Sophia, de 13 anos, aluna do oitavo ano do ensino fundamental de uma escola particular da Zona Oeste do Recife. "Decidimos que ela vai começar no ensino remoto. Quando a pandemia estiver mais controlada, quando todo mundo estiver vacinado, inclusive ela e a família, aí Sophia volta para a aula presencial. Não importa se isso vai ser em junho, em agosto ou em setembro", diz Nádia.

Muitas famílias estão tendo que decidir agora como serão os próximos meses do filhos na rotina escolar. O Procon - PE chama a atenção para que essa escolha seja de comum acordo, conste no contrato de matrícula ou em um acordo escrito à parte. E o mais importante: a qualquer momento a família poderá optar por mudar o regime de aulas do aluno.

MOMENTO

"Não tem isso de a criança começar a estudar em casa e ter que terminar o ano todo em casa. Isto é uma opção que os pais têm em função do momento. Se eles estão no presencial e a pandemia se agrava, eles podem voltar para a teleaula. Ou se a pandemia diminui muito, quem está em casa, pode voltar a escola", afirmou o secretário estadual de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, a quem o Procon-PE está subordinado.

A diretora pedagógica do Colégio Visão, do Recife, diz, no entanto, que a decisão antecipada é fundamental para o planejamento das atividades da escola. "Nas aulas presenciais é preciso seguir uma série de regras, como o distanciamento entre as bancas, por exemplo. Então, se o aluno começa no online e resolve mudar para o presencial ele não pode simplesmente aparecer na escola. A escola tem de seguir protocolos de segurança sanitária, e isso exige planejamento", afirmou a diretora. Patrícia recomenda que as famílias conversem com os filhos para que entendam como será feita essa opção e, se for o caso de mudança de ideia, que comuniquem a alteração com, pelo menos, duas semanas de antecedência.

PLANEJAMENTO

Para o diretor do sindicato dos estabelecimentos de ensino de Pernambuco (Sinepe-PE), Arnaldo Mendonça, toda mudança passa pela aprovação da coordenação. "Mas claro, não há problema nenhum, desde que a comunicação antecipada seja feita para que as salas com alunos presenciais não extrapolem a quantidade de alunos". Arnaldo Mendonça diz que cada escola trabalha com um tempo de sobreaviso diferente. Para algumas, basta 24 horas, já outras pedem dias, o tempo necessário é a escola que determina. "O que não pode é  aluno um dia querer ir pra aula, outro dia ficar em casa, no dia seguinte voltar pra sala....", diz o professor.

Arnaldo Mendonça revela que a grande maioria das famílias estão optando inicialmente pelo ensino remoto, mas ele acredita que isso deva mudar ao longo do ano. "O ambiente escolar está muito seguro, no ano passado ninguém sabia direito como lidar com a doença. Hoje, os protocolos estão mais eficientes e a aula presencial, por permitir mais proximidade e mais socialização vai acabar tendo mais aceitação", afirmou Mendonça.

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