Setor de seguros já comemora alta de dois dígitos em 2021
Seguradoras registraram crescimento de 10,3% no acumulado dos três primeiros meses do ano sobre o mesmo período de 2020
A arrecadação do setor segurador cresceu 10,3% no primeiro trimestre deste ano, se comparado com o mesmo período de 2020, totalizando R$ 71,2 bilhões, isto sem incluir os segmentos de saúde e DPVAT. Os dados foram divulgados pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg). As provisões técnicas somaram R$ 1,206 trilhão em março, 8,9% acima do mesmo mês do ano passado. O resultado, segundo a CNseg, foi influenciado pela forte demanda do segmento de Danos e Responsabilidades, com alta de 12,8%, e de Vida e Previdência, com incremento de 10,2%. A Capitalização cresceu 3,3% no comparativo dos primeiros trimestres de 2020 e 2021.
RECUPERAÇÃO
O desempenho do primeiro trimestre deste ano foi considerado importante pelo setor, mais ainda permanece abaixo do registrado no quarto trimestre de 2020 (-6,2%) e do mesmo trimestre de 2019 (-3,5%), antes da pandemia do coronavírus. “A despeito dessa recuperação, o setor de seguros ainda não conseguiu obter o mesmo resultado do trimestre antecedente, o último de 2020, estando R$ 4,7 bilhões distante dele. O mesmo se observa na comparação com o último trimestre pré-pandemia do Coronavírus, o 4º trimestre de 2019, mas desta vez a distância é menor, de R$ 2,6 bilhões ”, afirmou o presidente da CNseg, Marcio Coriolano.
Segundo ele, o desempenho acumulado até março fez o setor manter a dianteira de crescimento sobre outros setores da economia, com exceção do agronegócio. “O pano de fundo dessa demanda é a crescente preferência da população pela proteção contra riscos, o aumento da confiança de empresas e famílias nas seguradoras, o avanço tecnológico que permite velocidade da inovação em produtos e serviços e a ampliação da concorrência”, assinalou Marcio Coriolano.
SEGMENTOS
Na margem (mês contra mês anterior), o comportamento do setor também foi positivo: alta de 12% em março sobre fevereiro (sem saúde e sem DPVAT), depois da queda de 10,1% em fevereiro contra janeiro. Em março (R$ 24,7 bilhões de prêmios), os ramos que cresceram acima de dois dígitos foram o Rural, com 96,6%, Marítimos e Aeronáuticos, com 66,8%, Crédito e Garantias, com 21,6%, seguidos de Transportes (15,1%), Automóveis (14,1%), Planos de Vida-Risco (12,7%) e Planos Previdenciários de Acumulação (11,3%). Capitalização evoluiu com 9,4%.
Na comparação entre março e o mesmo mês do ano passado, o progresso também foi significativo,na casa dos dois dígitos (23,4%). Os destaques foram Plano de Acumulação VGBL com crescimento de 48,9%; Planos de Vida-Risco, 10,4%; Automóvel, 5,8%; Patrimonial, 6,6%; Rural: 42,1%; e Transportes, 31,5%.