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Veja 6 dicas para não cair no golpe do boleto falso

Criminosos enviam para consumidores com débitos ou financiamentos, boletos falsificados com códigos de barras alterados. Mas é possível descobrir o golpe antes de fazer o pagamento

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Edilson Vieira

Publicado em 22/06/2021 às 17:05
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O golpe da cobrança com boleto falso, que é muito comum, agora ficou mais sofisticado e perigoso.  Os bandidos estão montado call centers e conseguindo informações de contratos de bancos, financeiras, lojas, escolas, operadoras de telefonia e TV a cabo, e agindo como verdadeiras empresas de cobrança, ligando ou enviando e-mails e mensagens via WhatsApp para os devedores, propondo acordos com um valor muito abaixo do débito real. Não são poucos os consumidores que acabam aceitando a proposta, pela facilidade do pagamento e, claro, por medo de ficar com o "nome sujo" na praça. devedores  aceitam.

Mas, como proceder para evitar esses golpes? o advogado Afonso Morais, sócio da Morais Advogados Associados, preparou algumas instruções de como se proteger na hora de pagar suas contas.

1 - Confira a empresa cobradora

Quando for cobrado por um escritório jurídico ou uma empresa de cobranças, certifique-se que estes cobradores estão autorizados a negociar o seu débito. Entre em contato com o credor ou peça algum documento que autorize a empresa a cobrar o débito, porque é na cobrança que começa a fraude do boleto falso. Dificilmente um credor, seja banco, financeira ou loja, concede redução do débito de uma dívida em 80% ou mais, e é esta estratégia que os estelionatários usam para convencer os consumidores a pagarem boletos falso sem o devido contato.

2- Cheque os dados do boleto

o boleto falso traz algumas características que podem ser facilmente checadas pelo usuário. Veja se os dígitos finais representam o valor do boleto: se são diferentes, é possível que seja golpe. Caso seja uma cobrança recorrente, como boleto de financiamento de veículo, fatura da TV a cabo, boleto da escola dos filhos e outros que costumam vir com valor fixo, suspeite se houver alguma variação inesperada. Confirme também seus dados pessoais, como CPF e busque também por erros de português e de formatação, algo muito comum nas falsificações.

Verifique ainda se os primeiros dígitos do código de pagamento coincidem com o código do banco que aparece como sendo o emissor do boleto. Também antes de efetivar o pagamento, verifique se o cedente do boleto é a instituição que realmente você está devendo, se for diferente não efetive o pagamento. Os números bancários podem ser checados no site da Febraban (https://www.febraban.org.br/associados/utilitarios/bancos.asp).

3. Verifique a origem com o banco e financeira

Se o boleto é emitido por uma financeira, banco ou loja, pesquise a reputação da empresa no Reclame Aqui para se certificar de que ela de fato existe. Em caso de compras online, opte sempre que possível por outros meios de pagamentos que não envolvam boleto. Plataformas como Mercado Pago, PagSeguro e demais meios digitais oferecem mais segurança quando atuam como intermediárias e podem ser acionadas se algo der errado na transação.

4. Prefira a leitura automática do código de barras

Em qualquer boleto, prefira sempre ler o código de barras pela câmera do celular ou no caixa eletrônico. Em geral, boletos com linha digitável adulterada não trazem código de barras compatível e precisam forçar a vítima a digitar a sequência manualmente para completar o golpe. Um documento com barras ilegíveis, portanto, tem maiores chances de ser fraudulento.

5. Baixe o boleto no site do credor

Sempre que possível, é importante baixar boletos diretamente no site do banco ou da empresa que está fazendo a cobrança. Duvide sempre de boletos que chegam por e-mail, especialmente quando a mensagem traz um assunto como "Urgente" ou "Seu nome está no Serasa". Uma boa maneira de driblar esse tipo de problema é usando um serviço de e-mail com bom sistema de anti spam, como o Gmail. O mesmo vale para faturas que chegam via WhatsApp.

Em golpes mais sofisticados, um boleto falso pode até mesmo ser enviado por correio ou delivery para a casa da vítima. Nessa modalidade, o documento pode vir com visual idêntico ao original, incluindo envelope com carimbo e logomarca do remetente.

6. Certifique-se de que o site é seguro e evite Wi-Fi público

Ao fazer download do boleto no site do credor, certifique-se de que está acessando a página verdadeira e de que o endereço começa por HTTPS. Páginas seguras trazem o selo do certificado SSL que assegura contra invasões e garante maior confiabilidade para o documento que está sendo baixado.

Evite também se conectar em redes públicas, que são mais suscetíveis a ataques no roteador capazes de falsificar páginas visitadas. Em golpes mais avançados, o criminoso pode interceptar o acesso e alterar um boleto aparentemente baixado do site oficial do banco. Por isso, opte sempre por fazer o download em uma rede segura e com senha, ou pela Internet móvel do celular.

Na hora de pagar uma conta é importante certificar-se da procedência do site, origem do e-mail e dados do código de barra. Empresas só enviam a segunda via quando o documento é solicitado pelo cliente, caso contrário, desconfie.

 

 

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