O brasileiro está mais endividado. Segundo dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), 75,6% das famílias têm alguma conta ou prestação atrasada e enfrenta dificuldades em saldar seus compromissos. O Sebrae aponta que a inadimplência cresceu 3,37% e atinge mais de 63 milhões de pessoas. Agora, estudo inédito da Geofusion, empresa especializada em inteligência geográfica, mostra em quais capitais do país a situação é mais grave e onde o nível de endividamento da população se apresenta menos comprometedor.
De acordo com o levantamento, que levou em consideração o período 2020/2021, quando a variação dos preços chegou a 10,06%, as cinco capitais onde o patamar de endividamento da população se apresenta mais elevado são Brasília, Florianópolis, Recife, Curitiba e Vitória.
PRESTAÇÕES
"O estudo leva em consideração a tomada de empréstimos para o pagamento de débitos, juros e seguros com dívidas pessoais e prestação de financiamento de imóveis. Em todas as capitais e no Distrito Federal, verificamos variação de cerca de 17% no ticket per capita com esse tipo de gasto, quando comparados os anos de 2021 e 2020" revela Susana Figoli, diretora de Inteligência de Mercado da Geofusion.
Segundo o levantamento, a média mensal de gasto por pessoa com esse tipo de despesa ficou em R$ 179,18 em Brasília; R$ 172,68, em Florianópolis; R$ 146,48, no Recife; R$ 145,98, em Curitiba, e R$ 126,44, em Vitória.
As capitais com menor nível de endividamento da população são Boa Vista, com ticket médio mensal por pessoa de R$ 13,55, Belém R$ 20,14, Teresina R$ 21,80, Manaus R$ 22,75 e Palmas R$ 23,56.
São Paulo e Rio de Janeiro, as cidades mais populosas do país, mantiveram em 2021 ritmo de endividamento médio, sem grandes alterações. A capital paulista apresentou variação ligeiramente maior, com o ticket por pessoa que passou de R$ 88,27 para R$ 100,24. Já na capital fluminense, cada pessoa tem uma dívida mensal média de R$75,17 para R$ 88,51.
Atrás apenas de São Paulo, Recife inicia o ano com segundo aluguel mais caro do País
Aceleração do indicador FipeZap neste mês de janeiro foi de 1,30%, elevando o preço médio do metro quadrado
O Recife começou o ano de 2022 com aceleração no preço dos aluguéis residenciais. No mês com reajuste anual dos contratos, a capital pernambucana seguiu o movimento de todas as demais 24 praças pesquisadas pelo FipeZap, destacando-se por manter o segundo maior valor para o metro quadrado no País, atrás apenas de São Paulo.
Na avaliação de 3.730 anúncios de locação de imóveis na cidade, a variação nos preços cobrados no mês de janeiro foi de +1,30%. Em 12 meses, a alta já é de +11,66%, culminando com o preço médio do metro quadrado em R$ 36,07 / m² - segundo maior valor do País, atrás apenas de São Paulo (R$ 39,91/m²).
O preço médio do aluguel de imóveis residenciais nas 25 cidades brasileiras pesquisadas registrou alta de 1,03% em janeiro de 2022. O resultado corresponde ao sétimo avanço consecutivo do índice,
bem como nova aceleração frente às variações apuradas em julho (+0,13%), agosto (+0,37%), setembro (+0,52%), outubro (+0,57%), novembro (+0,66%) e dezembro (+0,80%).
Comparativamente, a variação no mês de janeiro superou a inflação ao consumidor medida pelo IPCA/IBGE (+0,54%), mas ainda se mantém abaixo da apuração mensal do IGP-M/FGV para janeiro (+1,82%).
Em relação à variação dos preços para o mês de janeiro, os destaques entre as capitais foram Goiânia (+3,72%), Curitiba (+2,34%)., Florianópolis (+1,68%), Salvador (+1,57%), Recife (+1,30%), Rio de Janeiro (+1,18%), Brasília (+1,14%), Fortaleza (+1,06%), São Paulo (+0,53%), Belo Horizonte (+0,30%) e Porto Alegre (+0,11%).
Já em relação ao preço cobrado por metro quadrado, os destaques mais caros foram de São Paulo (R$ 39,91/m²), Recife (R$ 36,07/m²), Brasília (R$ 34,39/m²) e Rio de Janeiro (R$ 32,42/m²).
Os menores valores de locação concentraram-se em Fortaleza (R$ 19,20/m²), Goiânia (R$ 20,36/m²), Curitiba (R$ 24,35/m²) e Porto Alegre (R$ 24,93/m²). No País, a média do preço de locação residencial em janeiro foi de R$ 31,85/m².
Veja preços e variações por bairros do Recife:
- PINA R$ 51,2 /m² +13,2% (variação em 12 meses)
- BOA VIAGEM R$ 41,3 /m² +15,3%
- TAMARINEIRA R$ 36,4 /m² +6,2%
- PARNAMIRIM R$ 36,3 /m² +0,9%
- SANTO AMARO R$ 34,0 /m² +57,8%
- ESPINHEIRO R$ 33,6 /m² +35,2%
- CASA AMARELA R$ 33,0 /m² +0,3%
- MADALENA R$ 29,5 /m² +0,7%
- GRACAS R$ 27,8 /m² -4,4%
- CORDEIRO R$ 16,3 /m² +6,0%
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