INVESTIMENTO

Restituição do IR: como utilizar os valores para gerar rendimento extra

Cerca de R$ 6,3 bilhões foram injetados na economia com o pagamento do segundo lote da restituição

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Edilson Vieira

Publicado em 11/07/2022 às 15:42
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Muita gente espera a restituição do Imposto de Renda para ter um dinheiro extra no bolso. O pagamento do segundo lote de restituições, no final do mês passado, contemplou também as restituições residuais de anos anteriores. Assim, 4.250.448 contribuintes receberam R$ 6,3 bilhões. E até o final deste ano haverá ainda mais três lotes de restituição, nos dias 29 de julho, 31 de agosto e 30 de setembro. Todos os valores serão corrigidos pela taxa Selic, em média a 1% ao mês, o que acaba favorecendo quem deixou para entregar a declaração perto da data final.

Esse dinheiro extra que entrou nas contas dos beneficiários pode ser utilizado de várias formas: para desafogar as contas, pagar dívidas, comprar presentes, ou mesmo gerar rendimentos através dos investimentos. De acordo com o especialista em mercado financeiro e líder regional da XP Investimentos em Pernambuco, Paulo Pereira Filho, o ideal é que se utilize o dinheiro, primeiro, para colocar as contas em dia e só depois partir para os investimentos. Como uma oportunidade de organizar as finanças, escapar da cobrança de juros, e ainda conseguir, posteriormente, rendimentos adicionais através das aplicações. Principalmente por conta do atual cenário da Selic, em 13,25%.

Como usar a restituição do IR para investir

“Quando o assunto é investimentos, a alta da taxa básica de juros proporciona um bom momento para diversas opções que rendem de acordo com essa taxa. Uma dessas alternativas é a renda fixa como um todo, que conta com remunerações bem atrativas”, comenta o especialista. “Investidores com um o perfil mais conservador podem avaliar a aplicação em ativos pós-fixados, que se beneficiam da alta na Selic. Já os mais abertos a riscos podem optar por ativos como ações, fundos imobiliários, fundos alternativos e também operações estruturadas”, explica Paulo Pereira.

Geralmente, as pessoas costumam guardar valores em produtos tradicionais como a poupança, o que gera rendimentos abaixo da inflação, fazendo com que o dinheiro aplicado perca o seu poder de compra. Por isso, de acordo com o especialista, é fundamental que se invista em opções que corrijam a inflação, buscando um ganho real. “Independentemente do tipo de perfil, e produto escolhido, é importante acompanhar o cenário e fazer investimentos que compensem a inflação”, afirma.



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