Bancos digitais: você conhece? Tem conta neles?

O nome já faz algumas pessoas refletirem um pouco... digital? Os bancos digitais vem ganhando um bom espaço no mercado, e também conseguindo facilitar a vida de muita gente, eles funcionam de forma on-line, com tudo rodando através de sites e aplicativos. Já adianto para vocês: eu tenho um filho de 5 anos e, certamente, ele nunca precisará ir até uma agência para fazer operações do dia a dia, como eu fiz boa parte da minha juventude e acompanhava os meus pais na infância. Essa é uma realidade que para um futuro próximo já não vai existir.

Hoje, seja para banco tradicional ou digital, já não é necessário ir até a agência para abrir conta, por exemplo. Mas os digitais têm várias outras facilidades, mas também desvantagens. Não existe o espaço físico em todas as cidades, todo o contato entre cliente e agência é feito através de aplicativo, e-mail, SAC ou chat. Para abrir conta em um deles, basta baixar o aplicativo no celular e fazer o cadastro normalmente.

Não é necessário tirar cópia de documento pessoal ou comprovante de residência, tudo é enviado por foto. Isso já acelera o pedido de abertura da conta, que leva no máximo quinze minutos para ser realizada. E após alguns dias você tem o retorno da sua solicitação, e sendo positivo, já os dados da conta e a informação de envio do cartão.

O relacionamento no dia a dia é realmente muito simples, só em casos específicos é necessária uma ligação, mas, no geral, tudo é feito pelo aplicativo: transferências, pagamentos, doc’s, ted’s, investimentos, extratos, depósito de cheque por foto, como de modo geral, os grandes bancos também já estão fazendo, e na verdade os grandes bancos estão de olho nos pequenos, e nas inovações trazidas por eles, que vem atraindo os jovens que estão entrando agora no mercado e também iniciando a sua vida financeira. Tudo isso com uma grande vantagem: boa parte dos serviços que são cobrados nas instituições financeiras tradicionais, são gratuitos na maioria dos bancos digitais. Ou seja, você tem todos os serviços de uma instituição financeira tradicional, mas com uma redução absurda na quantidade de taxas que se costuma pagar num banco comum.

Esse é o ponto que quero chamar atenção: a redução significativa de despesa que você pode ter! Os saques são feitos em qualquer caixa eletrônico 24 horas, e alguns dos bancos digitais não cobram por isso de forma ilimitada, mas atenção, em alguns essa taxa pode sair bem cara. A ausência de agências físicas diminui de forma relevante o custo dos bancos digitais, o que termina tornando o negócio mais leve, dinâmico e barato mesmo em relação a operação, a presença da tecnologia é forte nesse segmento, a praticidade e velocidade no geral também são pontos positivos, naturalmente, surgem entraves que fazem com que algumas pessoas tenham experiências que podem não confirmar isso, mas a experiência geral tem mostrado claramente que sim, menos burocracia, e mais opções de investimentos, com produtos que abrem o cenário em relação ao que normalmente é ofertado pelas instituições financeiras tradicionais.

Os bancos digitais são dependentes da tecnologia, e por também não contar com um atendimento presencial, não tem adesão por parte dos mais velhos, perfil do cliente que termina muitas vezes gastando mais com tarifas bancárias, imagine que um ted avulso (fora do seu pacote de serviços contratado junto ao banco), custa uma média de R$ 10, e se você for transferir R$ 50, o ted terá o custo aproximado de 20% do valor transferido, o que é sim um peso para muitos, e creio que desnecessário para qualquer um pagar isso, que acredito ser uma cobrança que não vai durar longos anos, até que as instituições percebam que isso afasta os clientes e também abre portas para a concorrência.

No meu caso, cheguei a pagar cerca de R$ 1.500 reais por ano para manter a conta PJ da minha empresa, há alguns anos o meu custo é zero através de um banco digital, com direito a transferências em geral, boletos e mais.

Como esses bancos se mantêm, então? Primeiro que o custo deles, por não ter agência física, é muito menor. Eles ganham quando nos aproximamos dele e fazemos pagamento de contas diversas, investimentos, entre outros. Eles ganham uma taxa a cada conta que pagamos, por exemplo. Tendo acesso ao nosso cadastro, podem nos oferecer, além de produtos de investimentos, acesso a crédito, financiamentos, seguros, previdências, empréstimo pessoal e consignado, convidam para a portabilidade do salário e vem oferecendo cada vez mais produtos e serviços que movimentam o negócio. Imagina se eles cobrassem tarifa para manutenção de conta? Seria de cara uma barreira, objeção para que maior parte das pessoas não fizessem a adesão.

Por ser digital, não significa que são inseguros. Eles têm todas as licenças e tudo o que é necessário, regulados pelo Banco Central, para garantir a seguranças de todos os usuários. Vale a pena você pesquisar, ver o que acha, conhecer melhor e se algum deles se adequa ao seu perfil.

Seria então o fim dos bancos tradicionais? Absolutamente não. Mas eles precisam acelerar o processo de reciclagem e modernização, pois seguirão fortes no médio prazo, mas de acordo com a velocidade e crescimento dos hoje “pequenos”, o cenário no longo prazo ainda é imprevisível no segmento, e essa concorrência é saudável para o mercado, para os clientes, já que no Brasil 4 a cada 5 reais circulam entre os 5 maiores bancos do mercado.

E se você quer saber um pouco mais sobre bancos digitais, planejamento e educação financeira, não deixe de se inscrever no meu canal do Youtube (procure por Leandro Trajano) e no meu Instagram @personalfinanceiro.

O mercado é dinâmico e cada vez mais, nos apresenta novas possibilidades, em relação as instituições, ao crédito e aos investimentos, democratizando mais os serviços e abrindo uma maior concorrência no setor, o que na minha visão, deve levar pouco a pouco os grandes a sair da zona de conforto e apresentar melhores condições para o cliente, por isso é importante estar atualizado, disso e da dinâmica da vida financeira, daquilo que faz parte também do nosso dia a dia.