Restituição do imposto de renda é um tema que vale a pena ser falado todos os anos. Por isso, reforço aqui com o objetivo de que a parte da população que recebe a restituição faça um uso inteligente do valor restituído. Essa restituição, basicamente, é um valor que deve ser ressarcido ao cidadão após a declaração ser emitida e constatado que foi pago um valor maior do que o devido para a Receita Federal.
É importante listar alguns fatores que podem ser deduzidos do seu imposto de renda e gerar o ressarcimento: pagamento de pensão alimentícia, despesas médicas, despesas com educação, inclusão de dependentes na declaração.
O pagamento da restituição é feito de acordo com o momento em que você faz a transmissão da declaração do imposto de renda. Ou seja, quanto antes você entrega, mais rápido recebe.
Veja o calendário de pagamento das restituições do IR 2023:
1º lote: 31 de maio
2º lote: 30 de junho
3º lote: 31 de julho
4º lote: 31 de agosto
5º lote: 29 de setembro
No primeiro lote, o número recorde de contribuintes foram contemplados: 4.129.925 que receberam 7,5 bilhões, maior cifra repassada pela Receita em um lote na história. Para checar se a sua restituição foi liberada, basta acessar o site da Receita ou ligar para o número 146, ou você pode ainda procurar esta informação através do aplicativo “Meu Imposto de Renda”, disponível para os sistemas Android e iOS.
O que quero reforçar aqui é que, se você tem um valor a receber, é essencial que faça uso da melhor forma. A primeira recomendação é que você honre com possíveis dívidas, sobretudo aquelas que têm os juros mais altos. Renegocie de acordo com as suas reais condições em honrar o fluxo de pagamento acordado. Em muitos casos, a prioridade é em relação às dívidas que podem cortar serviços essenciais, tal como água e energia.
Se você não tem dívidas, pode usar a quantia para começar ou compor o seu fundo de reserva ou reserva de emergência, que é um valor destinado a custear as suas despesas fixas por alguns meses em caso de desemprego, redução de renda, doença e outros fatores.
Caso você não tenha dívidas e esteja com o fundo de reserva constituído, uma boa opção é começar a investir para o longo prazo, fortalecer a base para a velhice de fato, pensar no longo prazo é fundamental, e algo ainda pouco feito pelos brasileiros.
Procure alternativas diferentes da poupança. É abrir a cabeça e aproveitar as alternativas existentes e que de longe podem trazer uma performance interessante, mas claro, isso precisa ser feito de acordo com o seu perfil - conservador, moderado ou arrojado, e considerando também os seus planos em relação ao uso desse dinheiro.
Por fim, outra opção para usar o valor da restituição é provisionar, já separar de certa forma o valor para custear despesas como IPVA, IPTU, material escolar e tantas outras que chegam no começo de cada ano. Assim, você já olha pra frente, com o objetivo de começar 2024 com tranquilidade!
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Abraço!