UFPE: 361 cotistas ingressaram com recurso questionado reprovação no Sisu 2020

Publicado em 10/02/2020 às 16:44 | Atualizado em 10/02/2020 às 16:53
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Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem Oitenta e sete por cento dos candidatos reprovados pelas comissões de pretos e pardos ou de deficientes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e que tinham sido classificados pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu) ingressaram com recurso questionando o resultado. O prazo acabou na noite da última sexta-feira (07). Segundo a instituição, foram 317 estudantes das cotas de pretos e pardos e 44 da cota de pessoas com deficiência, o que dá um total de 361 recursos. A UFPE informa que tem até 30 dias úteis, a contar desta segunda-feira (10), para publicar o resultado final. Cada candidato passa por uma nova análise, feita por outra comissão. No caso dos pretos e pardos, eles não precisarão comparecer novamente na universidade. A avaliação será feita pelos vídeos que foram gravados no dia em que ele passou pela primeira comissão. As pessoas com deficiência terão que ser vistas mais uma vez pela comissão. Entre os três integrantes há um médico e outros profissionais da área de saúde. A Pró-reitoria Acadêmica (Proacad) entrará em contato, por e-mail, para informar esses estudantes as datas em que deverão participar da nova avaliação.

PREENCHIMENTO

Após o resultado final do recurso, caso a vaga continue em aberto será preenchida por outro candidato que esteja na lista de espera do Sisu na mesma cota. Vale destacar que ele também será submetido às comissões. "Se não houver candidato para a vaga em aberto, chamamos um estudante de outra cota considerando o critério de mais vulnerabilidade", explica a pró-reitora acadêmica, Magna do Carmo. Pelo histórico de outras edições do Sisu, dificilmente uma vaga das cotas sobra para postulantes da ampla concorrência. Em 2019, 288 feras tiveram o benefício da cota rejeitados. Destes, 188 apresentaram recurso, mas 98 deles seguiram barrados e não puderam se matricular.

REGRAS

Segundo as regras da UFPE, para validar a autodeclaração de candidatos às vagas reservadas aos candidatos pretos ou pardos serão considerados unicamente os aspectos fenotípicos do candidato, sendo vedado qualquer outro critério, inclusive as considerações sobre a ascendência. "Entende-se por fenótipo o conjunto de características físicas do indivíduo, predominantemente a cor da pele, a textura do cabelo e os aspectos faciais, que, combinados ou não, permitirão validar ou invalidar a autodeclaração", esclarece a universidade. Será considerado preto ou pardo o candidato que assim for reconhecido por pelo menos dois dos membros da Comissão de Heteroidentificação, com base no fenótipo.

NÚMEROS

Candidatos pretos e pardos 317 ingressaram com recurso, de um total de 364 reprovados 732 não compareceram para primeira avaliação da comissão 1.089 foram aprovados e tiveram as vagas confirmadas Candidatos com deficiência 44 ingressaram com recurso, de um total de 48 reprovados 130 não compareceram para primeira avaliação da comissão 77 foram aprovados e tiveram as vagas confirmadas

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