Reitores das universidades públicas pernambucanas esperam que o novo ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli, foque sua gestão em questões técnicas e retome o diálogo com os diversos atores educacionais. Ao comentar para o JC o que esperam do novo titular da pasta, os reitores não tinham ainda conhecimento da informação de que Decotelli havia incluído doutorado no seu currículo sem haver defendido a tese.
“A principal prioridade deve ser tratar tecnicamente as questões. Como o Fundeb, que é importantíssimo e precisa ser votado até o fim do ano. Para as universidades, deve restabelecer diálogo produtivo, para que possamos juntos continuar o processo de inclusão e melhorar cada vez mais ensino, pesquisa, extensão e inovação”, diz o reitor da UFRPE, Marcelo Carneiro Leão.
“Além do diálogo, esperamos que o novo ministro faça um trabalho propositivo, em cima de políticas públicas para o fortalecimento das federais. De forma mais imediata, no contexto da pandemia, esperamos que o MEC apresente projetos de conectividade para os estudantes”, afirma o reitor da UFPE, Alfredo Gomes.
Outras ações que ele considera fundamentais são a recomposição dos quadros docente e técnico das universidades e o acadêmico. "Temos obras para serem finalizadas, novos projetos que precisam de recursos", observa Alfredo.
Para o reitor da UPE, Pedro Falcão, ele deve “rever a política de bolsas da Capes imposta pela portaria 34 e cumprir o edital do Programa Nacional de Assistência Estudantil para os alunos de graduação das universidades estaduais, que desde 2014 não é cumprido pelo MEC”, ressalta Pedro.
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