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Aulas presenciais em Pernambuco continuam suspensas até 31 de julho

Anúncio foi feito pelo governo no fim da tarde desta terça-feira (30). Expectativa agora é pelo plano de retomada das atividades educacionais, ainda sem data para ser divulgado

Margarida Azevedo
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Margarida Azevedo
Publicado em 30/06/2020 às 17:44 | Atualizado em 30/06/2020 às 19:38
Foto: Leo Motta / JC Imagem
Pernambuco tem cerca de 2,5 milhões de alunos na educação básica e no ensino superior - FOTO: Foto: Leo Motta / JC Imagem

Aulas presenciais em Pernambuco, em escolas, faculdades e universidades públicas e privadas, estão suspensas até 31 de julho por causa da covid-19. Decreto estadual, publicado pela primeira vez em 18 de março, expira nesta terça-feira (30), mas será renovado por mais 31 dias.

"O Governo de Pernambuco prorroga a suspensão das atividades presenciais nas instituições de ensino em todo o Estado até o dia 31 de julho. A Secretaria de Educação e Esportes está trabalhando na elaboração de um plano para retomada das atividades presenciais que inclui um protocolo com diretrizes específicas para a Educação, observando todas recomendações pedagógicas e sanitárias", diz nota do governo.

A expectativa agora é em relação ao plano de retomada da educação. Não há ainda data para ser divulgado. Mas já se sabe que o retorno será por etapas, gradualmente, como tem acontecido com as atividades econômicas. A data para reabertura das unidades de ensino depende, conforme o próprio governo, dos números de casos da covid-19.

"O governo de Pernambuco está prorrogando hoje o decreto que suspende as aulas presenciais até 31 de julho. A Secretaria de Educação vem discutindo há mais de 40 dias um protocolo para educação. Esse protocolo será informado ao longo do mês", explicou o secretário estadual de Planejamento, Alexandre Rebelo, durante coletiva online realizada no Palácio do Campos das Princesas, sede do poder executivo, no bairro de Santo Antônio, área central do Recife.

Inicialmente, o governador pernambucano não delimitou validade para a suspensão das aulas. Depois, estipulou prazo até 30 de abril. Nesse dia, anunciou nova prorrogação até o último dia de maio. No final de maio, pela segunda vez, o decreto foi renovado e vale até 30 de junho. Agora, pela terceira vez, o decreto é mais uma vez postergado.

De acordo com o boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde de Pernambuco divulgado no fim da manhã desta terça, o Estado totaliza 58.858 casos já confirmados de covid-19, sendo 19.496 graves e 39.362 leves. Também foram confirmados 4.829 mortes pela doença.

MATRÍCULAS

No Estado existem pelo menos 2,5 milhões de estudantes. Somente na educação básica (educação infantil e ensinos fundamental e médio), há 2,3 milhões de alunos matriculados nas escolas públicas (estaduais, municipais e federais) e particulares, segundo o Censo da Educação Básica 2019, do Ministério da Educação (MEC). Os demais estão no ensino superior (283 mil) e cursos livres.

Já se sabe que o retorno do funcionamento das unidades de ensino será por etapas. Significa, portanto, que nem todas as séries voltarão ao mesmo tempo. Experiências internacionais serviram como inspiração. O planejamento do governo está focado em três áreas, iguais às que foram adotadas no plano das atividades econômicas: distanciamento social, higiene e monitoramento e comunicação. O documento vai apontar diretrizes para que cada rede de ensino adote ao retomar as aulas.

DETALHES

O secretário de Educação e Esportes de Pernambuco, Fred Amancio, diz que vai aguardar um parecer do Conselho Nacional de Educação (CNE), sobre a retomada das aulas na pandemia, previsto para ser divulgado ainda esta semana. Só após esse parecer e depois da análise dos dados da covid-19, o plano deverá ser apresentado à sociedade.

Não será dito, pelo governo, quando cada rede deve voltar a funcionar com aulas presenciais. O que o governo fará é autorizar a partir de qual data isso será permitido. Caberá a cada rede se organizar e iniciar quando atender os protocolos. Uso de máscaras por toda a comunidade escolar e distanciamento de no mínimo 1,5 metro dos alunos em sala de aula são algumas das medidas previstas.

Outra medida que provavelmente será adotada é o rodízio de turmas justamente porque as salas poderão não comportar todos os alunos devido ao distanciamento mínimo. Nesse caso, as escolas poderão adotar escalas por dias, por semanas ou por turnos. Para evitar aglomerações, a sugestão é que se estipule horários diferentes de entrada e saída e no recreio.

NO PAÍS

O governo de São Paulo anunciou que a retomada das aulas será a partir de 8 de setembro. No Ceará, a prefeitura de Fortaleza autorizou o funcionamento das escolas privadas a partir de 20 de julho, enquanto os colégios municipais só poderão voltar no começo de agosto.

Em Tocantins, a previsão é reiniciar as atividades na rede estadual em 3 de agosto, por fases. No Rio Grande Sul a perspectiva para aulas presenciais será no começo de agosto, a depender dos números da covid-19. O Maranhão também anunciou nesta terça que o retorno das aulas presenciais nas instituições de ensino será a partir de 3 de agosto. 

As escolas da rede municipal do Rio de Janeiro permanecerão sem aulas presenciais até, pelo menos, 3 de agosto. Lá as atividades estão suspensas desde 16 de março. A rede tem cerca de 650 mil alunos.


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