Não há ainda definição de quando as aulas presenciais em Pernambuco voltarão a acontecer. Uma escola particular de Recife enviou nesta sexta-feira (05) comunicado para os pais dizendo que havia a sinalização de retorno, por parte do governo estadual, para o próximo mês de julho. Segundo o secretário estadual de Educação, Fred Amancio, responsável por montar o plano de retomada das aulas em escolas, faculdades e universidades do Estado, essa definição só deve ocorrer após observar o cenário da contaminação do novo coronavírus nos primeiros 15 dias deste mês. Até esta sexta-feira (05), Pernambuco totalizava 38.511 casos de covid-19, com 3.205 mortes.
"Não há nenhuma chance de termos essa definição antes da primeira quinzena de junho pois precisamos ver como está a curva da doença. É certo que o retorno das aulas presenciais será feito por etapas. Estou ouvindo representantes de várias entidades, recolhendo sugestões. Vou montar o plano e submetê-lo para avaliação do comitê do governo que acompanha as ações relacionadas à covid-19. Lembrando que a Secretaria de Saúde tem que validar também a proposta", explica Fred Amancio.
"O secretário Fred, em momento algum, afirmou que a volta será em julho. Conjecturou apenas, sob um mar de condições e possibilidades", diz o presidente do Sindicato das Escolas Privadas de Pernambuco (Sinepe), José Ricardo Diniz. A entidade é citada no comunicado enviado por esse colégio às famílias.
"Portanto, procede a possibilidade, não a certeza, de que, com o andamento do mês de junho, a depender de como o retorno de diversas atividades previsto pelo Plano Estadual vier a ocorrer, poderá sair um esquema de volta gradativa das atividades presenciais nas unidades escolares ainda em julho", complementa José Ricardo.
As aulas presenciais estão suspensas no Estado desde 18 de março e deverão permanecer assim até pelo menos 30 de junho, quando expira decreto estadual que proíbe o funcionamento dos estabelecimentos educacionais por causa do coronavírus. Apenas na educação básica Pernambuco tem mais de dois milhões de estudantes - 580 mil na rede estadual, 400 mil em escolas privadas e 1,1 milhão em colégios municipais, conforme o Censo 2019 do Ministério da Educação (MEC).
Fred Amancio já se reuniu com Sinepe, Undime (secretários municipais de Educação), Sintepe (professores da rede estadual) e Siespe (faculdades privadas). Na próxima semana deverá conversar com representação estudantil (Ubes e Uespe), reitores das universidades públicas (Consórcio Universitas) e diretores das autarquias municipais (Assiespe).
Ele adiantou que uma das prioridades no retorno deverá ser para turmas de 3º anos do ensino médio porque os alunos farão o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), vestibulares e o Sistema Seriado de Avaliação (SSA), da Universidade de Pernambuco.
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