COLUNA ENEM E EDUCAÇÃO

Datas das provas do Enem serão anunciadas neste mês de julho

Essa é a previsão do presidente do Inep, Alexandre Lopes. Ele acredita que divulgação acontecerá daqui a duas ou três semanas

Margarida Azevedo
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Margarida Azevedo
Publicado em 01/07/2020 às 23:34 | Atualizado em 03/07/2020 às 18:20
Foto: Bobby Fabisak/ JC Imagem
Provas seriam em novembro, mas foram adiadas por causa da pandemia de covid-19 - FOTO: Foto: Bobby Fabisak/ JC Imagem

Ainda este mês os 5,7 milhões de candidatos que se inscreveram no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020 deverão saber as datas de aplicação das provas, tanto do modelo tradicional quanto do novo formato digital. A previsão do presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes, é divulgar o cronograma em duas ou três semanas. Os testes seriam em novembro, mas foram adiados por causa da pandemia do novo coronavírus. Numa enquete realizada pelo órgão com os inscritos na avaliação, maio de 2021 foi o mês mais votado, entre três propostas apresentadas. Mas isso não significa que o exame acontecerá neste mês.

Antes de anunciar as datas definitivas, o Inep pretende conversar com secretários estaduais de Educação, uma vez que as escolas estaduais, na rede pública de ensino, são as que mais concentram alunos do ensino médio. Como as notas do Enem são usadas no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), processo seletivo adotado por quase todas as universidades federais do País em substituição dos tradicionais vestibulares, o órgão vai ouvir também a opinião dos reitores dessas instituições.

O exame impacta ainda o calendário das faculdades privadas, já que alunos podem ingressar nelas por meio do Programa Universidade para Todos (Prouni) ou obtendo crédito educativo no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), ambas iniciativas do governo federal. Por isso, o Inep deverá convidar dirigentes de instituições particulares para darem suas opiniões. Muitas dessas faculdades também aproveitam as médias do Enem em seus vestibulares.

A enquete teve baixa adesão dos candidatos. Só 19,3%, de um total de 5.783.357 de inscritos, votaram, o que representa 1.113.350 participantes. A consulta pública começou em 20 de junho e acabou anteontem.

Quase a metade escolheu que o Enem impresso seja em 2 e 9 de maio de 2021, e o modelo digital em 16 e 23 de maio. Foram 553.033 estudantes ou 49,7% do universo de votantes. A alternativa de realização do exame em janeiro foi a segunda mais votada, com 35,3% dos votos, o que deu um total de 392.902 estudantes. Para o Enem em dezembro, houve votos de 167.415 candidatos, um índice de 15% do total de votantes.

“O resultado da consulta pública é uma sinalização importante que temos que os candidatos não querem o Enem este ano. A opinião deles é importante, mas a data não é definitiva. As datas das provas podem ser diferentes das que foram colocadas na enquete. Por isso é importante ouvir os secretários de Educação, para saber quando eles estão planejando o retorno das aulas. E as instituições de ensino superior também, quando elas pretendem voltar”, destacou Alexandre Lopes.

 

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