Sem avanços. Assim acabou a segunda rodada de negociação entre representantes da Secretaria Estadual de Educação e o do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe), realizada na manhã desta terça-feira (29), para tratar sobre o retorno das aulas presenciais na rede estadual, suspensas desde 18 de março por causa da pandemia de covid-19. Nesta quarta-feira (30), os docentes realizam assembleia para decidir se decretam greve. A categoria está em estado de greve desde a última quinta-feira (24).
"Nossa proposta, dita hoje e na segunda-feira, quando houve a primeira negociação, foi o adiamento da retomada das aulas presenciais, sem definição de novas datas. E a constituição de uma comissão para discutir o assunto", explicou o presidente do Sintepe, Fernando Melo. "Neste debate coletivo, sugerimos representantes da CNTE, CUT, Secretarias de Saúde e de Educação, Ministério Público e do grupo de médicos que nos deu o parecer contrário à volta das aulas", explica Fernando.
Os concluintes do ensino médio, ou seja, alunos do 3º ano, poderão ir pra escola a partir de terça-feira, dia 6 de outubro. Na semana seguinte, em 13 de outubro, retornarão os estudantes do 2º ano. Em seguida, em 20 de outubro, retomam os adolescentes do 1º ano do ensino médio.
Por meio de nota, a Secretaria de Educação e Esportes informou apenas que "deu continuidade ao diálogo com o Sintepe na manhã desta terça-feira e permanece à disposição para dialogar com a categoria em benefício da educação e dos estudantes pernambucanos".
Paralelamente à assembleia dos docentes, marcada para 14h, o Ministério Público de Pernambuco vai realizar, às 14h30, uma audiência para tratar do retorno às aulas presenciais em Pernambuco. "O objetivo é saber as medidas sanitárias que serão adotadas visando à prevenção do contágio nas escolas", explica a promotora da Saúde, Ivana Botelho. Além dela, pelo MPPE, estarão os promotores de defesa da educação, Eleonora Rodrigues e Muni Azevedo.
Foram convidados os secretários estaduais de Saúde, André Longo, e de Educação, Fred Amancio, além de um representante do Sintepe.
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