COLUNA ENEM E EDUCAÇÃO

Mutação do coronavírus freia reabertura de escolas em países da Europa

Relatório do Banco Mundial aponta que 720 milhões de crianças continuam afetadas pelo fechamento total ou parcial dos colégios - número maior do que o observado em novembro, de 693 milhões

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Estadão Conteúdo

Publicado em 29/01/2021 às 11:01 | Atualizado em 29/01/2021 às 11:03
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Mutações do coronavírus têm freado o movimento de reabertura das escolas na Europa. Relatório do Banco Mundial aponta que 720 milhões de crianças continuam afetadas pelo fechamento total ou parcial dos colégios - número maior do que o observado em novembro, de 693 milhões.

Nos últimos dias, nações europeias reconsideraram a segurança de reabrir escolas. Segundo o Banco Mundial, "muitos países na Europa começam este ano estendendo o fechamento das escolas em parte por causa das preocupações sobre as cepas mais transmissíveis da covid-19". Em Portugal, o governo determinou em 21 de janeiro o fechamento de escolas e universidades por 15 dias.

A Alemanha também anunciou extensão do lockdown até 14 de fevereiro e o prosseguimento do ensino remoto. O Reino Unido, que enfrenta pico da nova variante da covid-19, também suspendeu aulas na escola.

Na terça, o ministro da Educação, Nick Gibb, disse que a decisão de quando reabrir depende das taxas de internação, mortalidade, vacinação e "do desafio que as novas variantes trazem".

Na Bélgica, onde uma em cada cinco contaminações é detectada em crianças e adolescentes, o ministro da Saúde, Frank Vandenbroucke, disse que "a vida na escola pode se tornar fonte de contaminação".

Para Claudia Costin, ex-diretora de Educação do Banco Mundial, os países vivem "momento complicado da pandemia", mas o movimento na Europa pode dar pistas para ações mais customizadas no Brasil. "Portugal e Reino Unido estão abrindo escolas para as crianças em vulnerabilidade. Tem uma tendência na Europa de ter um olhar para a equidade."

Mais do que decisões binárias, de abrir ou fechar escolas, Claudia diz que é preciso que as redes brasileiras façam o mapeamento de grupos vulneráveis e planejem o atendimento presencial prioritariamente a estes. E, mesmo em fases mais restritivas, as unidades podem ficar abertas para plantão de dúvidas, entrega de atividades e até receber denúncias. "Deixar escolas abertas, em um período em que não há segurança para ter aulas, para ter um polo de contato, é fundamental."

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