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Matrículas no ensino superior privado crescem 35% no 1º semestre de 2022, diz ABMES

Levantamento da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) mostra que neste semestre houve 23,7 mil novos alunos nas faculdades particulares do Brasil Dentro desse grupo, os cursos s

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Margarida Azevedo

Publicado em 24/05/2022 às 15:43
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Do Estadão Conteúdo
O número de matrículas em cursos de graduação do ensino superior privado aumentou 35% no primeiro semestre de 2022, aponta um levantamento realizado pela empresa de pesquisas educacionais Educa Insights em parceria com a Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES). Isso representa 23,7 mil novos alunos nas faculdades particulares do Brasil.
Dentro desse grupo, os cursos semipresenciais e híbridos tiveram o maior avanço, com 43% dos novos ingressantes em comparação com o mesmo período do ano passado. Por sua vez, o Ensino a Distância (EaD) registrou crescimento anual de 22%.
Os cursos presenciais também tiveram aumento em relação ao início de 2021, de 39%. O estudo também apurou que 80% da demanda se concentra em um rol de 12 cursos tradicionais e em 23 cursos da modalidade EaD.
No ranking das 10 formações mais procuradas de cada uma das modalidades, a área de Saúde continua marcando presença significativa, representando 70% entre os cursos presenciais, com destaque para Enfermagem (11,8%), Psicologia (11,8%) e Odontologia (6,8%). No EaD, estão listados os cursos de Biomedicina (6,7%), Fisioterapia (4,9%) e Educação Física (4,6%).
Segundo o diretor executivo da ABMES, Sólon Caldas, a inadimplência dos estudantes apresentou tendência melhor que a observada em 2020 e já não representa risco relevante para as instituições de ensino neste ano. "O que importa agora é essa retomada de matrículas: percebemos que o aluno também está retomando a questão financeira, depois de adiar o início dos estudos. O que era um empecilho no início da pandemia está se dissolvendo", afirmou.
EaD
Segundo a Educa Insights, os dados apurados reforçam a tendência de crescimento do EaD confirmada pelo Censo da Educação Superior 2020 do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que fez o levantamento até 31 de junho de 2021 e divulgou os resultados em fevereiro deste ano.
A área de saúde teve destaque, com crescimento de 94% na modalidade EaD em comparação com os dados anteriores: representou 34% dos novos alunos frente aos 18% de 2018.
Na avaliação dos microdados do Censo, a consultoria destaca as matrículas nos cursos de Biomedicina, Fisioterapia e Nutrição, que tiveram a migração de modalidade mais significativa entre 2018 e 2020, com crescimento de 279%, 115% e 65%, respectivamente. Seguindo a tendência, o curso de Enfermagem passou de 19% de alunos online para 33%, avanço de 38%.
Ainda de acordo com o estudo, o maior interesse por cursos não presenciais é uma consequência da pandemia da covid-19: a modalidade era considerada como opção por 40% dos futuros universitários no contexto de pré-pandêmico e se tornou uma alternativa para 78% depois desse período.
O levantamento "Observatório da Educação Superior: que cursos atraem mais os estudantes" foi realizado a partir da análise de microdados do Censo da Educação Superior 2020 apurada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), divulgado em fevereiro, e dados de captação de alunos entre setembro de 2021 e abril de 2022 de 22 pequenas e médias instituições de ensino que oferecem cursos nas duas modalidades: presencial e EaD.
 

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