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ENEM 2022: professores do Colégio Saber Viver comentam as provas de matemática e ciências da natureza

Candidatos tiveram que responder, neste segundo e último dia do Enem 2022, 45 questões de matemática e 45 de ciências da natureza

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Margarida Azevedo

Publicado em 20/11/2022 às 20:19 | Atualizado em 20/11/2022 às 20:29
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Candidatos que fizeram o Enem neste domingo (20), segundo e último dia de aplicação das provas, responderam 45 questões de matemática e 45 de ciências da natureza. Semana passada houve testes de redação, linguagens e ciências humanas.

Professores do Colégio Saber, que a partir de 2023 ofertará o ensino médio, comentaram as provas deste domingo. A escola fica no Espinheiro, Zona Norte do Recife.

MATEMÁTICA

Para o professor Darlan Moutinho, a prova de matemática foi dentro esperado, de nível mediano, e atendeu todos os alunos, os que têm matemática como disciplina específica e os que não têm.

"Uma prova que manteve a coerência com a matriz do Enem. Grandeza proporcional, que nos últimos 10 anos sempre esteve presente, mais uma vez apareceu. A surpresa ficou com três quesitos de projeção, achei um exagero", comentou Darlan.

Ele destacou a ausência de assuntos como logaritmo e funções trigonométricas, que não caem no Enem há dois anos.

FÍSICA

A prova de ciências da natureza trouxe 15 questões de física, conforme o professor Rodrigo Cunha. "A predominância foi de mecânica, sete dos 15 quesitos. Também caíram quatro de eletricidade, um de eletromagnetismo e dois de termologia", afirmou o professor.

Ele disse ainda que apareceu somente uma questão de ondas, o que não é comum pois em outras edições eram 2 ou 3 sobre esse assunto.

"Esse ano houve predominância de questões de cálculo. Foram nove que exigiram cálculo e seis teóricas. E os cálculos não eram simples e sim um pouco extensos", destacou Rodrigo.

"As perguntas teóricas estavam mais exigentes, com um nível mais alto, comparado com outras edições do Enem. O aluno tinha que prestar bastante atenção ao comando da questão e a aplicação da teoria na situação do dia a dia", ressaltou Rodrigo.

QUÍMICA

Na parte de química, que está dentro da prova de ciências da natureza, o professor Mauro Alexandre disse que predominou teoria. Foram três quesitos com algum cálculo e 12 teóricas.

"Uma prova em um nível alto, com questões muito bem elaboradas, envolvendo quase sempre mais de um assunto. A surpresa foi a ausência de cálculos estequiométricos e a presença de três questões envolvendo um esquema de reações para serem a analisados", afirmou Mauro.

"Com certeza uma prova mais difícil se comparadas com as duas últimas edições do Enem", complementou o professor do Colégio Saber Viver.

BIOLOGIA

Em biologia, o professor Alan Barros destacou que a prova trouxe assuntos de programa de saúde, genética básica, evolução, ecologia aplicada, imunologia, botânica relacionada à ecologia, bioquímica e metabolismo energético. "Uma avaliação esperada. Com presença de vários conteúdos de biologia e questões atualizadas", afirmou Alan.

"Apareceu questão sobre covid-19, o que já esperávamos! É muito evidente que no Enem a biologia abandona o olhar ‘tradicionalista’ e abraça uma realidade em que as questões se comunicam com o dia a dia do candidato. Isso torna mais prazeroso e instigador analisar e ir construindo o raciocínio diante das questões", enfatiza o professor.

"Cada questão com sua particularidade e desafios, mas o que existe em comum entre elas? Todas pedem um cuidado com a leitura atenta do enunciado e do comando ao que se deseja atingir", complementa.

Alan chamou a atenção para a questão 132 da prova azul, que abordou ecologia aplicada. "O estudante teve que analisar uma proposta sobre programa de saúde e estabelecer uma relação com contextos ecológicos, ambientais e sociais", comentou o professor.

 

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