REITOR DA UNIVASF

Ministro da Educação de Lula dispensa reitor da Univasf nomeado pelo governo Bolsonaro

Para assumir a função, o ministro designou Julianeli Tolentino de Lima, que já foi Reitor da Univasf

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Milena Galvão

Publicado em 17/01/2023 às 8:20 | Atualizado em 17/01/2023 às 11:06
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O ministro da Educação Camilo Santana dispensou Paulo César Fagundes Neves do cargo de Reitor Pro Tempore da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf).

Para assumir a função, o ministro designou Julianeli Tolentino de Lima, que já foi Reitor da Univasf.

A Univasf estava entre as universidades com reitores nomeados pelo governo Jair Bolsonaro. Paulo César Fagundes Neves foi indicado pelo então Ministro da Educação, Abraham Weintraub, em agosto de 2020, descumprindo a lista tríplice.

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Julianeli Tolentino de Lima - Divulgação

Nomeação de Paulo César Fagundes Neves

Na época da nomeação do reitor, o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) emitiu nota de repúdio contra mais uma "intervenção realizada pelo governo federal na nomeação de reitores de Instituições Federais".

A instituição frisou que a posse do professor Paulo César Fagundes Neves chegou a ser questionada em ação judicial e que o professor Telio Leite que havia sido escolhido para o cargo de reitor. O processo judicial do eleito Telio ainda está correndo. Ele era o vice de Julianeli.

“Importante frisar que uma das chapas recorreu judicialmente do processo, perdendo na primeira instância, o que levou a referida chapa a recorrer à segunda instância, o que, de forma monocrática e sem análise do mérito, o desembargador Cid Marconi determinou a suspensão da tramitação da Lista tríplice, através de agravo de Instrumento no Tribunal Regional Federal da 5ª Região”, informou o Sindicato Nacional, na época, defendendo que a eleição de dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior devam ser encerradas no âmbito da própria instituição.

“Sem margem para qualquer dúvida, esse governo autoritário tenta de todas as formas acabar com a autonomia universitária e pedagógica. É um governo inimigo da educação pública, gratuita, laica, democrática, de qualidade e socialmente referenciada”, denuncia o ANDES-SN.

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