GREVE DOS PROFESSORES

GREVE PROFESSOR: professores do Recife deflagram greve por tempo indeterminado

Na última rodada de negociações, de acordo com o sindicato dos professores (Simpere), foi proposto pela prefeitura o pagamento de 7,5% para toda a carreira mais abono de 7,45%

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Lucas Moraes

Publicado em 29/03/2023 às 16:32 | Atualizado em 29/03/2023 às 18:24
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Os professores da rede municipal de ensino do Recife decidiram, nesta quarta-feira (29) deflagrar greve por tempo indeterminado. Com isso, os cerca de 9 mil profissionais que atuam nas unidades educacionais paralisam as atividades de forma imediata, o que implica na não realização das aulas. 

A categoria realizou uma nova assembleia após rodada de negociação com a Prefeitura do Recife. Neste ano, os professores pedem que o prefeito João Campos (PSB) aplique o reajuste do piso salarial a todos os professores, sem restrição apenas à base salarial, no percentual de 14,95%. 

Na última rodada de negociações, de acordo com o sindicato dos professores (Simpere), foi proposto pela prefeitura o pagamento de 7,5% com aplicação para toda a carreira, a partir do mês de março, além de 7,45% em forma de abono, a partir de julho. O percentual defendido pela categoria é o reajuste integral de 14,95%. 

 

O que diz a Prefeitura do Recife

A este JC, a Prefeitura do Recife já informou que, desde o mês de janeiro, faz o cumprimento do piso salarial dos professores, garantindo que nenhum profissional, conforme a Lei nº 11.738 (de 16 de julho de 2018), receba abaixo do piso nacional, estabelecido pelo Governo Federal em R$ 4.420,55 para o ano de 2023.

Mas com relação aos profissionais que possuem vencimentos acima deste patamar, a gestão ainda vinha discutindo um acordo.

Antes da negociação de hoje, a prefeitura já havia proposto 6,95% de reajuste salarial acrescido de 8% de abono, o que impactaria para este ano em 14,95%, cujo percentual é equivalente ao reajuste do piso. 

"A gestão municipal lamenta a deflagração da greve e a possível interrupção de atividades em parte das unidades escolares e entende que não caberia greve com negociações em andamento. A paralisação de atividades dos professores que venham a aderir ao movimento grevista em escolas e creches vai impactar diretamente a vida de milhares de estudantes da rede, que podem ter prejuízos de aprendizagem e problemas no cumprimento do calendário no ano letivo, além de prejuízos do acesso à alimentação escolar, pois não há condições de receber estudantes nas escolas e creches sem a presença dos professores. A decisão vai prejudicar as crianças e suas famílias", diz em nota.

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