PROTESTO RECIFE: Em greve, professores fazem ato no Centro da cidade
Entenda o que pedem os professores e a causa da greve no Recife
Os professores da rede municipal do Recife realizam um ato na manhã desta sexta-feira (31) para cobrar pelo pagamento do piso salarial na carreira.
O protesto, organizado pelo Sindicato Municipal Dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (Simpere), está distribuindo panfletos para divulgar a causa.
Ver essa foto no Instagram
Os professores da rede pública de ensino do Recife decidiram entrar em greve a partir da última quarta-feira (29) por tempo indeterminado por conta da não aplicação do reajuste salarial do piso dos professores para toda a categoria.
O sindicato alega que a gestão João Campos (PSB) só repassou o aumento de 14,95% a pouco mais de 1,3 mil professores, que recebem o salário-base, sem apresentar a mesma condição a cerca de 8 mil profissionais.
A prefeitura do Recife apresentou como alternativa 7,5% de reajuste salarial acrescido de 7,45% de abono, o que impactaria para este ano em 14,95% - equivalente ao reajuste do piso salarial.
Os professores não aceitaram por conta da imprevisibilidade do pagamento em abono, já que no ano passado o mesmo acordo foi feito sem cumprimento até então.
O que diz a Prefeitura do Recife
A Prefeitura do Recife se pronunciou sobre o assunto. Leia a nota completa:
"A Prefeitura do Recife esclarece que, desde o mês de janeiro, nenhum professor recebe abaixo do piso nacional, estabelecido pelo Governo Federal em R$ 4.420,55 para o ano de 2023, conforme a Lei nº 11.738 (de 16 de julho de 2018), equivalente a R$ 22,11 por hora/aula, para o ano de 2023.
Sobre a negociação de reajuste salarial para as demais faixas da categoria, a Prefeitura esclarece que, desde o início do ano, vem realizando mesas de discussões com o Sindicato Municipal dos Profissionais da Rede Oficial de Ensino do Recife (SIMPERE) e já foram apresentadas diferentes propostas, todas rejeitadas pela categoria.
A última delas, apresentada pela gestão municipal - em mesas realizadas nesta terça (28) e quarta-feira (29) - foi de 7,5% de reajuste salarial acrescida de 7,45% de abono, o que impactaria para este ano em 14,95%, cujo percentual é equivalente ao reajuste do piso salarial. Essa proposta, inclusive, abriu discussões com foco na melhoria do Plano de Cargos e Carreiras.
Entretanto, mais uma vez, a proposta apresentada não foi aceita pela categoria, que mantém um posicionamento em não negociar e apenas querer o reajuste salarial de 14,95%, não contribuindo para a construção de um acordo.
A gestão municipal lamenta a deflagração da greve e entende que não caberia greve com negociações em andamento. A paralisação de atividades impacta diretamente a vida de milhares de estudantes da rede, que terão prejuízos de aprendizagem e problemas no cumprimento do calendário no ano letivo, além de prejuízos do acesso à alimentação escolar.
A Secretaria de Educação esclarece que as unidades de ensino continuarão abertas, aguardando a presença de estudantes e professores, além de garantir a segurança alimentar do corpo discente. Orientamos os pais ou responsáveis que busquem informações apenas junto à gestão das escolas e creches."