Após uma série de cobranças e espera por parte dos candidatos, a nomeação dos professores aprovados em concurso público realizado pelo governo de Pernambuco, em 2022, foi publicada nessa segunda-feira (21). Em edição extra do Diário Oficial, ao fim do dia, o governo do Estado confirmou a contratação de 2.907 profissionais.
Com as novas contratações, o Estado passará a ter mais 608 são para Língua Portuguesa. Além de outros 478 profissionais para o ensino de Matemática.
Estão sendo nomeados ainda 344 profissionais para Biologia, 316 para História, 220 para Geografia, 218 para Educação Física, 210 para Química, 122 para Língua Inglesa, 177 para Física, 77 para Filosofia, 59 para Artes, 41 para Língua Espanhola e 38 para Sociologia.
Os novos professores serão empossados no dia 21 de junho, com início das atividades previsto para até o dia 20 de julho.
Apesar da nomeação de mais de 2 mil profissionais, o Estado não supre totalmente a lacuna de professores na educação e deixa de fora outros 7 mil profissionais aprovados no mesmo certame para o preenchimento de cadastro de reserva. A reportagem do JC questionou a secretaria de Educação sobre a convocação desses professores, mas não teve resposta.
Segundo a gestão, os novos professores receberão o piso salarial reajustado, no valor de R$ 4.220,55. O Projeto de Lei que garante esse pagamento, entretanto, ainda está em tramitação na Assembleia Legislativa do Estado.
Com essas contratações, o reflexo na folha de pessoal do Estado de Pernambuco é de aproximadamente R$ 210 milhões por ano, nas contas da governadora.
Paralisações do professores
Apesar do gesto para a categoria, profissionais da educação seguem insatisfeitos com a gestão Raquel Lyra (PSDB). A governadora enviou à Assembleia Legislativa do Estado, em regime de urgência, projeto que paga o reajuste de 14,95% do piso salarial para a menor parte dos professores do Estado, deixando sem qualquer percentual de aumento mais de 52 mil profissionais da educação.
Criticado por deputados e pelos professores, o governo já estuda, além do atual texto, o envio de uma nova proposta com reajustes menores que atendam mais professores.
Nesta quinta-feira (25) está marcada uma paralisação das aulas no Estado, movimento que deve voltará a ser realizado na primeira semana do mês de junho.