O antigo prédio da Sudene, imponente construção localizada no bairro do Engenho do Meio, às margens da BR-101, está recomeçando a ter vida. A expectativa é de que parte da ocupação da edificação comece a ser feita em 2024, contando com investimento de R$ 10 milhões.
Após cinco anos da cessão, a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) está começando a tirar do papel os projetos para a área construída de 72.704,81 m². Atualmente, a universidade já mantém no local, denominado oficialmente como edifício Celso Furtado, os setores de transporte e de segurança da UFPE, mas pretende, a partir do ano que vem, começar a ampliar essa ocupação.
“Temos o grande desafio de popular o prédio Celso Furtado. Ele está dividido num grande projeto, que envolve o parque tecnológico da universidade. Temos recursos da Finep (empresa pública financiadora de estudos e projetos) para ocupar três andares, ou seja, 40% do prédio e outra parte está voltada a parcerias, numa perspectiva de sustentabilidade”, detalha o reitor da UFPE, professor Alfredo Gomes.
Pelo projeto estruturado pela UFPE, o prédio está dividido em duas lâminas (norte e sul). No caso da área norte, deverão ser instaladas startups que atualmente já funcionam no campus da universidade, com abertura de um novo restaurante universitário.
“A parte norte é voltada para ocupação pública. Dentre outras coisas, teremos lá o parque tecnológico, que claramente está em funcionamento em outros espaços da universidade. Isso implicou em recursos da Finep de R$ 10 milhões, parte (do dinheiro) já chegou”, confirma o reitor.
Ele adianta ainda que o conjunto de startups da universidade reúne atualmente mais de 30 em funcionamento que deverão ser transferidas para o antigo prédio da Sudene, assim como a criação de centros de estudos voltados para áreas estratégicas para a economia da região.
“Temos três áreas essenciais que articulam a universidade com projetos estratégicos, locais e nacionais, de energia renováveis, bioeconomia e na área de saúde. Temos feito articulações internas e externas para desenvolvimento de centros de estudos e referência nessas áreas. Nesse sentido, a ministra de Ciência e Tecnologia esteve aqui na UFPE e anunciou a implementação do Centro de Estudos e Pesquisas de Energias Renováveis no Nordeste, que parte funcionará no prédio. São muitas iniciativas,mas achamos que no próximo ano começa a ser ocupado (o prédio da Sudene)”, explica.
A universidade pretende inaugurar ainda um novo restaurante universitário na área térreo do prédio, para atender a demanda da UFPE no novo setor. Além disso, na chamada lâmina sul, a ideia é fechar parcerias para ocupação do espaço pensando em rentabilidade para sobrevida da edificação.
“Existem discussões na área de hotelaria e saúde, mas estamos analisando essa questão”, pontua Gomes. Uma estimativa do próprio órgão condômino, criado em 2003 para gerenciar o uso do imóvel, previa a necessidade de cerca de R$ 40 milhões para deixar o antigo prédio da Sudene totalmente utilizável e com todas as atividades em operação.