Em assembleia realizada nesta quarta-feira (5) pelo sindicato dos profissionais da Educação de Pernambuco (Sintepe), os professores do Estado decidiram decretar greve. O movimento irá paralisar aulas em todo o Estado, cobrando da governadora Raquel Lyra (PSDB) aplicação de reajuste salarial para a maioria dos professores - que ficaram de fora do reajuste do piso aprovado pela gestora.
"A greve vai ser decretada em defesa da repercussão do piso em toda a carreira, para contemplar analisatas, professores ativos e aposentados. Vamos dar uma resposta, mostrando a nossa união. Nós estaremos juntos para superar medos e receios, como uma categoria combativa e unida que somos neste estado de Pernambuco", disse a presidente do sindicato, Ivete Caetano.
A greve por tempo indeterminado foi decretada por cerca de 1,2 mil trabalhadores em educação que participaram da assembleia. Outros 1 mil trabalhadores acompanharam a assembleia de forma virtual.
Sem nenhum voto contrário, a categoria decidiu, em virtude do recesso escolar, pela decretação da greve a partir desta quarta-feira (5), com assembleia marcada para o dia 25 de julho, a fim de deflagrar a greve e suspender, de fato, as atividades nas escolas do Estado.
O governo do Estado será informado por meio de ofício, de acordo com o Sintepe.
Estado de greve
Os professores de Pernambuco já vinham em estado de greve desde o mês de junho, alegando falta de diálogo da governadora Raquel Lyra. O governo do Estado aplicou reajuste do piso dos professores para 26 mil profissionais, deixando sem qualquer aumento cerca de 52 mil trabalhadores, ativos e inativos.
A rede estadual de ensino tem 1.059 escolas, cerca de 534 mil alunos e 35 mil professores, entre efetivos e temporários.