'Cavalo Tarado': apresentação da Cia Suave em escola municipal no Rio gera polêmica
Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro abriu sindicância para apurar origem da apresentação
A apresentação de um grupo de dança em uma escola municipal, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, viralizou nas redes sociais e tem gerado polêmica. Nos vídeos que circulam na internet, os alunos do CIEP Luiz Carlos Prestes estão reunidos no pátio, enquanto os dançarinos faziam a performance ao som da música “Cavalo Tarado”, cuja letra traz conotações sexuais.
O evento foi realizado no dia 22 de agosto, mas a Secretaria Municipal de Educação anunciou nessa terça-feira (29) que abriu a sindicância para apurar a origem da apresentação.
"A Secretaria reforça que é a favor de manifestações artísticas culturais, mas que sejam apropriadas para o ambiente escolar e de acordo com a faixa etária", disse a pasta por meio de nota.
O prefeito do Rio, Eduardo Paes, mostrou-se indignado com o caso e usou as redes sociais para se posicionar sobre o episódio.
“Recebi esse vídeo absurdo aqui e eu queria entender o que se passa na cabeça de alguém que acredita que isso aqui é algo que possa ser apresentado para crianças”, disparou o gestor, nessa segunda-feira (28).
“Criança está na escola para estudar, para aprender, para desenvolver as habilidades. Nós vamos endurecer o controle sobre qualquer apresentação, atividade ou palestras feitas nas escolas municipais da cidade, principalmente por esses grupos independentes, para que isso não volte a acontecer”, completou Paes.
Durante a apresentação, uma mulher surge com uma máscara de cavalo cobrindo o rosto e fazendo passos de galope sobre um homem, enquanto outros três homens estão com trajes de bailarinas fazendo "passinhos" de funk.
O prefeito Eduardo Paes também afirmou que o grupo Cia Suave está proibido de se apresentar em qualquer escola da cidade do Rio de Janeiro.
“Se houver qualquer recurso público envolvido, ele terá que ser devolvido, porque a prefeitura só autoriza atividades de classificação livre nas escolas. Aliás, pelo que eu soube, mais uma má fé desse grupo que se apresentou à direção da escola como se esse absurdo fosse de classificação livre”, afirmou.