Na reta final para o Enem 2023, confira dicas para se sair bem na redação

No primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023, que será realizado no dia 5 de novembro, uma das etapas mais temidas pelos candidatos é a redação. Uma boa produção textual tem um peso importante para o cálculo das notas do exame.

Nesta reta final de preparação para o Enem 2023, professores de redação afirmam que a principal dica é o estudante manter-se atualizado. “Muitos estudantes me escutam dando essa dica, imaginando que o tema pode ser abordado nestes últimos dias, mas não estou pensando nisso. Porque eu sei que a prova já está fechada desde o meio do ano, então o tema já foi escolhido. A questão agora é se o aluno tem um repertório atualizado”, explicou a professora de redação Fernanda Bérgamo.

A professora destaca que se o aluno fizer conexões da realidade com o tema que vai ser proposto na redação deste ano, ele estará mostrando ao avaliador que é uma pessoa conectada com o mundo a sua volta. “O que eu recomendo é assistir a bons telejornais, ler notícias em fontes confiáveis e ter acesso a informações atualizadas. Isso é uma garantia para ele melhorar o repertório na redação, independente de qual seja o tema”, completa Fernanda Bérgamo, cujo método é aplicado no Colégio Saber Viver.

Para aqueles que já vem numa rotina de produção de textos, a professora de português Nathaly Caldas Albuquerque, recomenda continuar com a prática. “A rotina de estudos não deve ficar frenética e nem alucinada nesse momento. É importante manter a constância, então quem veio treinando, veio escrevendo, já se habituou a essa prática da produção de texto”, afirmou a professora da Escola Técnica Estadual (ETE) Dom Bosco.

COMPETÊNCIAS EXIGIDAS

A leitura da Cartilha de Redação do Enem nessa fase que antecede a realização das provas também é fundamental para um bom desempenho.

Os participantes do Enem 2023 devem ficar atentos às cinco competências exigidas no texto: demonstrar domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa; compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo em prosa; selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista;

Também é necessário demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação e elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.

"É muito importante que os alunos leiam a Cartilha, bem como de qualquer outro concurso que ela vá fazer, porque ele precisa conhecer que tipo textual será exigido, quais as competências, quais as formas de eliminação, para que ele não tenha venha a ter problemas com a nota", sinalizou a professora Nathaly Caldas.

DIFICULDADES NA REDAÇÃO

A professora Fernanda Bérgamo chama atenção para a leitura das provas, que não deve ser feita uma única vez. “Você faz duas, três vezes, a leitura do tema para separar o assunto geral do recorte do tema. E se de fato, diante desse tema, o candidato perguntar a si mentalmente o que ele sabe sobre o tema, e a resposta for nada, é importante ler os textos de apoio do Enem porque eles de fato apoiam o candidato”, destacou a docente. 

No entanto, entre as dificuldades mais comuns apontadas pelos estudantes está a administração do tempo de realização da redação. Além de escreverem escrever um texto dissertativo-argumentativo, com até 30 linhas, os candidatos também vão responder 45 questões de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias; e 45 questões de Ciências Humanas e suas Tecnologias. O exame começará às 13h30 e terminará às 19h.

Sobre este ponto, a docente explica que nessas últimas semanas o candidato deve ficar atento ao tempo que ele leva para produzir o texto, fazer a leitura do tema e do texto de apoio, e da montagem do pré-rascunho, lembrando que esse texto precisa ser passado a limpo no final. Uma dica que parece ser simples é praticar os textos com o material que é permitido no Enem, ou seja, escrever com caneta esferográfica preta, porque é a única coisa que o estudante terá em mãos.

“Tenho mais dificuldade, principalmente, na questão do tempo. Normalmente não consigo escrever todo o texto e passar a limpo dentro de uma hora e meia e, na tentativa de fazer mais rápido, costumo despontuar principalmente na Competência 1, por ter tido deslizes na norma-padrão”, explicou o aluno da Escola Técnica Estadual (ETE) Miguel Batista, Erik Santos, de 17 anos.

Ele explica que apesar do “nervosismo à flor da pele”, tenta manter uma rotina de estudos dentro do que é possível para essa fase final de preparação.

“Eu costumo escrever duas redações por semana, normalmente nos finais de semana, e de segunda a sexta tento revisar assuntos durante uma ou duas horas todos os dias, principalmente resolvendo questões. Além disso, tento estar por dentro do máximo de assuntos em alta possíveis e ter comigo uma boa quantia de repertórios, lembrando que os repertórios podem ser tudo aquilo que vemos no dia-a-dia, então para além de citações de filósofos, pode ser aquela série, filme, livro ou até mesmo uma notícia que você teve contato”, relatou Erik.