Celulares proibidos na escola, mas e em casa? Dicas para proteger crianças e adolescentes online

Dicas práticas e eficientes para ajudar pais a protegerem filhos na internet e promoverem o uso responsável das tecnologias

Publicado em 17/01/2025 às 11:53 | Atualizado em 17/01/2025 às 12:06
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A recente sanção da lei que proíbe o uso de celulares nas escolas evidencia a crescente preocupação com o uso de tecnologia no ambiente escolar.

Contudo, os cuidados com a internet devem também ser redobrados em casa, onde a maioria das crianças e adolescentes acessa a rede.

Dados da pesquisa TIC Kids Online Brasil (2024) revelam que 93% das crianças e adolescentes brasileiros (de 9 a 17 anos) usam a internet, o que exige atenção dos responsáveis quanto à segurança digital.

Pensando nisso, reunimos algumas dicas para pais e responsáveis monitorar o uso das redes e proteger as crianças em casa.

Realize monitoramento e controle parental

O celular é o principal dispositivo de acesso à internet para crianças e adolescentes, com 98% de uso, segundo a TIC Kids Online Brasil. Para garantir a segurança online, é essencial que os pais utilizem funções de controle parental.

Apenas 32% dos responsáveis fazem o filtro de contatos e aplicativos. Manter o acompanhamento das redes sociais e jogos online também é crucial para prevenir interações perigosas.

“Às vezes pensamos que a criança pode estar em um ambiente seguro, como com amigos em um jogo online, mas o não acompanhamento próximo das atividades pode abrir possibilidades para que um crime aconteça”, afirma Clemilson Graciano da Silva, especialista de Proteção do Marista Brasil.

Fique alerta a situações ofensivas e cyberbullying

Cerca de 30% das crianças e adolescentes enfrentaram situações online desconfortáveis. A falta de intervenção dos responsáveis pode resultar em casos de cyberbullying, que afetam a saúde mental dos jovens, com consequências como baixa autoestima e ansiedade.

“Crianças e adolescentes que estão sendo expostas repetidamente a mensagens que tem o objetivo de assustar, envergonhar ou enfurecer podem sofrer consequências psicológicas, físicas e sociais, como baixa autoestima, depressão, transtornos de ansiedade e insônia”, comenta Bárbara Pimpão, gerente do Centro Marista de Defesa da Infância.

Ensine sobre o perigo do contato com estranhos

É importante orientar os jovens a não compartilhar informações pessoais ou interagir com desconhecidos nas redes sociais e jogos online.

O uso de apelidos (nicknames) em jogos ajuda a manter o anonimato e evitar a exposição do nome real. Essas medidas podem prevenir casos de grooming, onde adultos tentam estabelecer relações de confiança com crianças para fins de exploração.

Converse sobre o uso excessivo da internet

Cerca de 24% dos jovens desejam passar menos tempo online, mas não conseguem. Além disso, muitos relataram que o tempo excessivo na internet interfere em tarefas como o dever de casa e o convívio social.

A conscientização sobre os impactos do uso excessivo é essencial para promover hábitos mais saudáveis.

 

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