Secretário de Educação anuncia entrega de fardamentos nas escolas do Recife da Rede Estadual de Ensino

Gilson Monteiro deu detalhes sobre o Programa de Aquisição de Tênis e a primarização da merenda escolar, prevista para ocorrer ainda neste semestre

Publicado em 03/02/2025 às 17:30 | Atualizado em 04/02/2025 às 11:04
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Com o cronograma de entrega dos fardamentos da rede estadual de Pernambuco para o ano letivo de 2025 iniciado, o secretário de Educação do Estado (SEE-PE), Gilson Monteiro, reforçou que, à medida que as novas fardas forem chegando aos centros de distribuição, elas serão imediatamente repassadas para as escolas.

Em entrevista à coluna Enem e Educação, nesta segunda-feira (3), Gilson Monteiro reconheceu que houve um certo"delay" nas entregas das fardas no ano passado. "Mas tudo isso também se deve ao novo fomento para o polo têxtil e à produção das fardas no estado de Pernambuco. Isso foi um diferencial", declarou.

As fardas estão sendo 100% produzidas no Polo de Confecções do Agreste, conforme a Lei 18.531, sancionada pela governadora Raquel Lyra em maio do ano passado.

A confecção dos uniformes é fruto de uma parceria entre a SEE e a Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (Adepe), com um investimento anual de aproximadamente R$ 33,8 milhões. Mais de 15 empresas participam desse processo, que ocorre no maior centro de produção de vestuário do Nordeste.

"Hoje, já temos cerca de 200 mil a 220 mil fardamentos distribuídos nas diversas escolas da rede, e mais fardas estão chegando", completou o secretário, durante a entrega dos kits escolares e do uniforme aos alunos da Escola Fontainha de Abreu, localizada no bairro do Cordeiro, na Zona Oeste do Recife.

Ao longo do ano, serão distribuídas cerca de 1,8 milhão de peças. A previsão é que os fardamentos sejam entregues no primeiro mês do semestre letivo, com prioridade para os alunos novatos. A distribuição está sendo iniciada nas escolas da Região Metropolitana do Recife e se estenderá para a Zona da Mata, Agreste e Sertão.

Aquisição de tênis

Neste ano, os alunos da rede estadual serão beneficiados com o Programa de Aquisição de Tênis, que será operacionalizado por meio da disponibilização de créditos ou de um cartão de benefícios, a ser gerido por uma instituição financeira pública.

"O tênis virá associado a um cartão, então o cadastro é fundamental, assim como a responsabilização dos pais pela utilização correta desse cartão. Vamos estabelecer um valor específico, e, por meio dele, os responsáveis terão acesso aos tênis", explicou o secretário de Educação.

Gilson Monteiro destacou que está sendo feito um mapeamento da economia local em todo o Estado, em parceria com a Adepe. Cerca de 1.200 estabelecimentos comerciais devem ser credenciados, contemplando todas as regiões,  para que a compra dos tênis possa ser realizada pelos representantes legais de cada aluno.

Merenda Escolar

 Durante entrevista à coluna Enem e Educação, Gilson Monteiro destacou que a primarização da merenda escolar – ou seja, a produção das refeições diretamente nas escolas, por funcionários contratados pela Secretaria de Educação do Estado – está prevista para ser implementada ainda no primeiro semestre deste ano.

O secretário estadual também foi questionado sobre a renovação de contratos para o processo regular de compra dos alimentos, que não teria sido feita em tempo hábil, e se há riscos de comprometer o fornecimento das refeições. "Na verdade, não há absolutamente nada com relação ao que se propaga e à realidade trabalhada dentro da secretaria", afirmou.

"De fato, a governadora e nós estamos comprometidos em mudar o rumo dessa história, buscando, por meio de uma merenda escolarizada, dar mais propriedade e reconhecimento ao trabalho das nossas merendeiras. Estamos em um processo de transição, passando de um modelo de merenda terceirizada para um modelo escolarizado", explicou.

"E por que isso? Porque, ao chegarmos, e também em um passado recente, percebemos que grande parte da merenda terceirizada não atendia aos padrões de qualidade que nossos alunos merecem. Já tomamos medidas significativas para mudar essa situação, como melhorar a estrutura das nossas cozinhas e firmar contratos mais robustos com as merendeiras", completou Monteiro.

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