Ministro da Educação destaca avanços em políticas para combater evasão escolar e ampliar ensino técnico
O ministro participou da abertura da quarta edição do Encontro Anual Educação Já, promovido pelo Todos pela Educação, em São Paulo

O regime de colaboração com estados e municípios para fortalecimento da educação básica do país, investimentos para enfrentar a evasão escolar e ampliação da oferta do ensino profissionalizante, foram algumas das ações destacadas pelo ministro da Educação, Camilo Santana, nesta quinta-feira (13).
O ministro participou da abertura da quarta edição do Encontro Anual Educação Já, promovido pela Organização não governamental (ONG) Todos pela Educação, realizado no Pavilhão da Bienal, em São Paulo.
Na abertura do evento, o ministro da Educação, Camilo Santana, apresentou um balanço das ações implementadas nos últimos dois anos no Ministério da Educação (MEC).
“Nós compreendemos que o grande desafio da educação no Brasil está na educação básica. Um terço da população brasileira não concluiu a educação básica, o que significa mais de 64 milhões de brasileiros. Imaginem o impacto disso na vida das pessoas, do ponto de vista social e econômico”, afirmou Santana.
Evasão Escolar
Ao citar o programa Pé-de-Meia, que, no último mês, pagou a primeira parcela de R$ 1 mil para os estudantes concluintes do ensino médio em 2024, o ministro explicou que o MEC fará um balanço ainda neste mês de março sobre o número de jovens que retornaram para as salas de aula, motivados pelo programa.
"Vamos fazer uma avaliação sobre a frequência. É a primeira vez que temos um programa com uma relação direta com os estados, para que possamos ter mensalmente a frequência e o acompanhamento desses alunos. Já investimos R$ 8,7 milhões e temos mais de 4 milhões de estudantes beneficiados", disse Camilo Santana.
Ele também assegurou que o governo federal tem recursos garantidos para o custeio do programa em 2025 e que os recursos privados foram autorizados pelo Tribinal de Contas da União (TCU) - que desbloqueou no dia 12 de fevereiro, R$ 6 bilhões destinados ao incentivo financeiro-educacional.
Ensino Técnico
Durante o evento, o ministro da Educação defendeu a ampliação do ensino técnico, por meio de parcerias com o setor privado. Ele também elogiou a iniciativa do Ministério da Fazenda, que reduziu os juros da dívida dos estados com a União em troca de um aumento no número de matrículas no ensino técnico.
"Na consulta que realizamos em 2023, durante a discussão da reforma do ensino médio, 80% dos alunos disseram que querem o ensino médio concomitante com o ensino técnico. Esse é um modelo adotado por muitos países, e o Brasil ainda está muito aquém disso", afirmou Camilo Santana.
A meta do MEC é alcançar, nos próximos cinco anos, níveis de ensino técnico e profissionalizante semelhantes aos de países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que têm cerca de 36% de seus estudantes matriculados nessa modalidade. Para isso, está sendo criado um fundo no qual os estados poderão investir recursos que auxiliarão nessa ampliação.
"Dificilmente as redes terão capacidade de fazer essa ampliação sozinhas, porque será necessário construir novas escolas. A ideia é contratarmos vagas de ensino técnico no Sistema S, por exemplo. Assim como os institutos federais poderão oferecer essas vagas, as próprias universidades e o setor privado também poderão ofertá-las", explicou.
*A titular da coluna Enem e Educação viajou a convite do Todos pela Educação para cobrir o Encontro Anual Educação Já.