Os barcos de novo

Publicado em 18/01/2013 às 7:12 | Atualizado em 18/01/2013 às 7:13
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Não é a primeira vez que a população do Recife ouve falar em transporte de passageiros no Rio Capibaribe. Outros gestores municipais já apresentaram projetos nesse sentido, conheceram experiências de outros países, mas tudo não passou do discurso. Agora, o governo do Estado lança um projeto orçado em R$ 289 milhões (parte dos recursos virão do PAC da Mobilidade) para tornar o rio navegável. E garante que, em um ano e dois meses, haverá estação funcionando. Se o projeto vingar, será bem-vindo. Afinal, barcos não pegam engarrafamento. Por enquanto, a expectativa é que beneficie o rio. O governo vai começar fazendo a dragagem, mas o assoreamento não é mais grave que a poluição. Além do lixo, esgoto clandestino é despejado no curso d’água diariamente, matando peixes e espalhando mau cheiro. Para se ter uma ideia do problema, basta lembrar que menos da metade do Recife é saneada. Para onde vão os dejetos sem tratamento? O trabalho, que deveria ter sido feito pela Compesa, está sendo transferindo para a iniciativa privada, com a PPP do saneamento. Mas, enquanto os 12 barcos não vêm, por que o governo não se empenha em fazer a licitação das linhas de ônibus, que já deveria ter ocorrido há 20 anos? Aliás, quem vai operar os barcos? E a ficalização do serviço, ficará a cargo de que órgão? A passagem será acessível à maioria da população? Essas são questões que vão ficar esperando a resposta no cais.

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