Água e lixo preocupam população da região metropolitana do Recife

Publicado em 06/05/2015 às 8:30
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  Na Rua do Peixoto, há um lixão a céu aberto, e despejo é confirmado pela Emlurb Na Rua do Peixoto, há um lixão a céu aberto, e despejo é confirmado pela Emlurb A julgar pelas demandas enviadas por leitores ao ComuniQ - aplicativo colaborativo do Sistema JC - lixo e água estão entre as cinco maiores preocupações da população. Reportagem, de Ciara Carvalho, no JC de terça-feira, mostra as verbas milionárias que envolvem a coleta, que no entanto, deixa muito a desejar. É só andar por ruas, bairros populares ou sofisticados, por morros e alagados, para se observar o tamanho do estrago. Há casos, inclusive, em que a sujeira é provocada pela própria Emlurb, como ocorre na rua do Peixoto, no bairro de São José. Ali, o lixo é jogado no asfalto, onde a parte reciclável é apanhada por catadores, segundo informa a própria empresa. O problema é que após o trabalho, fica um rastro de sujeira que transforma aquela área em lixão a céu aberto. A Emlurb garante que faz a varrição, mas pessoas que trabalham na área testemunham o contrário. Em outras partes do Recife, a população infelizmente não faz a sua parte. É comum observar-se lixo jogado nas ruas, calçadas, terrenos, até mesmo nas praias. Guga Matos/JC Imagem Desperdício de água nas ruas virou motivo de preocupação para a população da região metropolitana.   No caso da água, começa a acontecer o contrário. Os cidadãos estão ficando cada dia mais conscientes. Talvez por conta da crise hídrica, eles registram, com muita frequência, vazamentos que ocorrem nos quatro cantos da região metropolitana. As denúncias vêm mais em clima de preocupação com o "desperdício" do que com o desconforto provocado por eventuais alagamentos. Como fez essa semana Gláucio Pessoa, do bairro das Graças. Ele já registrou protocolo na Compesa, reclamou na ouvidoria da companhia, e também à Arpe. Mas até agora não conseguiu evitar o desperdício. "O problema não foi sanado. No dia 30 de abril veio uma equipe, isolou a área mas não consertou. O derrame continua. Como se estivéssemos em pleno inverno, com os reservatórios cheios. Nunca vi tanto descaso com o bem maior que a natureza nos legou", diz. A preocupação dele e outros leitores não é para menos. O Presidente da Compesa, Roberto Tavares, informa que já há estações de tratamento desativadas no sertão e agreste, por conta de falta de água nos reservatórios. Isso sem falar nos 56 municípios em estado de emergência no Estado, devido à seca. Apesar disso, as perdas ainda chegam a 40 por cento, entre aquelas decorrentes de estouramentos, vazamentos,  ou fraudes, como jacarés e hidrômetros viciados. Já quanto ao lixo, não se sabe o excedente que fica pelas ruas. A Emlurb afirma que não possui, sequer, estimativa. No entanto, não é difícil de se observar que ele deve ser bem grande. Basta andar pela cidade. A empresa diz que tem 130 caminhões operando o recolhimento de lixo e oito na coleta seletiva. Tem, ainda, 2 mil 380 garis, incluindo os 853 que trabalham na varrição.

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