Reduzido o repasse de recursos para programas de convivência com a seca

Publicado em 12/11/2015 às 8:00
Responsáveis por grande transformação na vida do homem da caatinga, as cisternas estão com implantação mais lenta em 2015.
FOTO: Responsáveis por grande transformação na vida do homem da caatinga, as cisternas estão com implantação mais lenta em 2015.
Leitura:
  Responsáveis por grande transformação na vida do homem da caatinga, as cisternas estão com implantação mais lenta em 2015. Responsáveis por grande transformação na vida do homem da caatinga, as cisternas estão com implantação mais lenta em 2015.   Em 2015 tem shopping, no caso o Guararapes,  que fez decoração de fim de ano inspirada na sustentabilidade.  Há até cisterna para captação de água da chuva. Foi falar nisso, e lembrei logo das cisternas instaladas no Sertão. E da seca que atinge o semi-árido pernambucano, onde 68 por cento dos municípios já se encontram em estado de emergência. São 126 que estão em situação difícil, reconhecida pelos órgãos públicos. Pois é diante desse fato que temos duas notícias para dar. Uma boa. E outra ruim. A boa é que até ontem a Articulação do Semi-Árido (Asa) havia conseguido viabilizar a implantação de 578.336 cisternas domésticas no Nordeste, aquelas que se destinam a assegurar oferta de água por seis meses às famílias da caatinga.Também garantiu 2.123 cisternas em escolas da região, onde antes os alunos não contavam com água potável. E fez 87.881 intervenções, que resultaram em tecnologias para garantir água para as plantações e para o gado. Todas essas iniciativas contribuem para reduzir a dependência que os sertanejos tinham dos políticos, e contribuem para reduzir os efeitos da chamada indústria da seca. A má notícia é que programas que garantiram transformações de milhares de pessoas no Nordeste e em Pernambuco, estão quase parando. A informação está expressa em documento divulgado essa semana por sete movimentos que atuam no campo, no qual denunciam a redução de repasse de recursos para programas destinados a garantir uma melhor convivência do sertanejo com a seca. No documento, eles denunciam o corte de 65 por cento no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Dizem que o Programa de Cisternas "sofreu cortes severos esse ano". E explicam: "Para se ter idéia, o número de tecnologias para captação de água de chuva construídas até agora é a menor dos últimos doze anos".  O PAA - que não é um programa  assistencialista como o Bolsa Família - dava dignidade ao sertanejo e ajudava a fixar o homem no campo, evitando migrações para as cidades, cada dia mais inchadas. Já o Programa 1 Milhão de Cisternas, o P1MC,  coordenado pela ASA, ajudou a mudar a vida de lavradores do agreste e do sertão, que antes disputavam com o gado a água de barreiros contaminados. Leia mais: Seca está mais intensa no Agreste e no Sertão. Seca monitorada no Nordeste. Governo recorre a superavits de órgãos públicos para enfrentar a seca e concluir barragens. Em Salgueiro, tecnologias ajudam na convivência com a seca.

Últimas notícias