Por Felipe Vieira, da Coluna Grande Recife
Dezembro de 2022. Nove anos após a assinatura da ordem de serviço, em 2013. Esse é o prazo estimado pelo governo do Estado para a conclusão da Via Metropolitana Norte, tida como a maior obra viária do Grande Recife. Parte do pacote de serviços estruturadores previstos para a Copa de 2014 e uma das apostas para resolver o gargalo do tráfego entre Olinda e Paulista, ambas no Grande Recife.
A via foi anunciada durante a segunda gestão do então governador Eduardo Campos e previa um investimento de R$ 123 milhões. No papel coube muita coisa: 10,1 quilômetros de duas vias que margeariam o Canal do Fragoso, ligando a PE-15 à Ponte do Janga, atravessando os bairros de Jardim Atlântico e Rio Doce. Ciclovia e até uma alça que passaria por cima da PE-15 estavam no projeto.
Mas a realidade foi bem diferente. Um ano depois do anúncio, a recessão se instalou no País. Vieram os atrasos de repasses e o projeto precisou ser redimensionado para um desenho bem mais humilde.
Em 2015, o Ministério Público pediu e a Justiça concedeu a paralisação das obras por falta de estudos ambientais. Em 2016, após uma longa paralisação por falta de recursos, a União conseguiu liberar R$ 22 milhões para que a primeira etapa fosse tocada.
No próximo dia 15 de março será entregue a primeira etapa, sete anos após o início dos trabalhos. Será a ponte da Avenida Fagundes Varela e a construção de 2,3 quilômetros do alargamento do Canal do Fragoso, da altura da Rua Coronel João Melo até as imediações do supermercado Maxxi. "Antes dessa obra, a largura máxima do canal era de 5 metros, a profundidade, de um metro. Agora, a largura fica em 45 metros, e a profundidade, de 4,5 metros", comenta o presidente da Companhia Estadual de Habitação e Obras (Cehab), Bruno Lisboa, em entrevista do Balanço de Notícias, da Rádio Jornal.
A ponte da Avenida Fagundes Varela será in
A segunda fase consiste na construção de 600 metros de extensão da via marginal que fica junto ao canal. A terceira, segundo o presidente, seriam as duas alças na PE-15, já licitadas. A quarta fase será licitada no dia 16 de março.
Já se foram sete anos, mais dois estão previstos. O que a população pode fazer? Apenas esperar para que não haja intempéries econômicas...e que o governo do Estado finalmente cumpra o prometido em 2013. Ou será que vai ser preciso celebrar aniversários da não-conclusão do serviço?
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