COLUNA GRANDE RECIFE

Coronavírus: Polícias serão vacinadas e receberão EPIs

Ministério da Justiça garantiu liberação de recursos para proteção das forças policiais no País inteiro contra a covid-19

Felipe Vieira
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Felipe Vieira
Publicado em 09/04/2020 às 11:03 | Atualizado em 09/04/2020 às 11:03
FILIPE JORDÃO/JC IMAGEM
RONDA SDS diz que trabalho da corporação vai ganhar mais agilidade com a nova ferramenta móvel - FOTO: FILIPE JORDÃO/JC IMAGEM

As forças de segurança no Brasil inteiro começarão a ser vacinadas para H1N1 e outras gripes a partir do próximo dia 16 de abril, segundo o Ministério da Justiça, que também se comprometeu a comprar equipamentos de proteção individual (EPI) como máscaras e luvas, além de insumos como álcool em gel e produtos de higienização para as polícias dos Estados. Ainda há a possibilidade de testes rápidos de covid-19 para os policiais. O anúncio foi feito pelo ministro Sergio Moro após reunião com secretários estaduais de segurança.

"O ministro garantiu disponibilizar a Força Nacional para apoio em uma eventual situação de contingência nos Estados. Aqui já temos o emprego da corporação no projeto Em Frente Brasil, em Paulista, mas, mesmo assim, foi colocada a possibilidade de reforço em caso de emergência", comenta o secretário estadual de Defesa Social, Antônio de Pádua, que participou da reunião.

Com relação aos EPIs e produtos de higienização, Moro se comprometeu a fazer as licitações o mais rápido possível. "Todas as secretarias receberam ofício para saber quanto seria necessário para cada Estado em razão do número da tropa. O ministro foi muito realista ao dizer que o próprio ministério da Saúde está com dificuldade para comprar esses materiais, mas que até o final do mês terá início o processo".

No encontro também foi levantada a preocupação com a Recomendação 62 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que prevê a soltura de presos nos grupos de risco para complicações decorrentes do coronavírus. O tema foi tratado aqui na coluna Grande Recife e é uma preocupação constante dos Estados. Até o momento, 59 mil detentos foram soltos em todo País. "Não é só a segurança ou que critério foi utilizado na soltura, mas, principalmente a necessidade da quarentena dos próprios presos para que eles não possam, quando voltarem, contaminarem o sistema", comenta Pádua.

Os secretários estaduais também pediram a agilização do repasse de verbas do Fundo Nacional de Segurança para as unidades da Federação. "Os Estados estão sem arrecadar, então esses recursos podem ajudar muito na compra de equipamentos para as forças de segurança", completa.

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