Por Felipe Vieira, da coluna Grande Recife
A participação da sociedade nas discussões sobre a cidade é necessária, primordial até. Tem sido assim, por exemplo, no já arrastado processo de elaboração do Plano Diretor do Recife. Mas é preciso foco e celeridade ou coisas simples podem se perder em discussões sem fim.
O caso dos quiosques da orla de Boa Viagem e Pina pode ser um bom laboratório. Prefeitura e associação de barraqueiros fecharam um acordo para que a recuperação dos equipamentos seja feita através de uma parceria público-privada. Simples, rápido e de comum acordo entre as principais partes envolvidas - comerciantes e poder público -, apesar da demora e do estado de total degradação a que chegaram os quiosques.
Por sua vez, entidades como o Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU/PE) alegam que é preciso ampliar para outros setores a discussão sobre o modelo urbanístico a ser adotado no principal cartão postal do Recife. Em entrevista ao programa Balanço de Notícias, da Rádio Jornal, na quinta-feira (7), o presidente do CAU, Rafael Amaral Tenório, explicou que há boas perspectivas para esse diálogo entre poder público e entidades representativas.
Que assim seja. Se a tratativa for célere, focada e as respostas, rápidas, ganham todos. O que não se pode é transformar uma obra relativamente simples em uma discussão sem fim. A orla já esperou demais. É hora de ação, e rapidamente.
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