Após o Colégio da Sagrada Família, localizado no bairro de Casa Forte, na Zona Norte do Recife, comunicar, no dia 26 de outubro, o encerramento das atividades em 2021, a Prefeitura da capital pernambucana  decidiu indicar o conjunto arquitetônico do colégio como Imóvel Especial de Preservação (IEP). O pedido foi feito por meio da Diretoria de Preservação do Patrimônio Cultural (DPPC)/Secretaria de Planejamento Urbano e da Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano do Recife.

De acordo com a Prefeitura, a iniciativa está alinhada com a criação do Plano de Ordenamento Territorial, no qual a DPPC propôs uma atualização conceitual das Zonas Epeciais de Preservação do Patrimônio Histórico-Cultural (ZEPH), que foram renomeadas para Zonas Especiais de Preservação do Patrimônio Cultural (ZEPP), que deve possibilitar uma abrangência maior do rico acervo patrimonial da cidade. O órgão afirmou que o objetivo é salvaguardar o patrimônio educacional do Recife, conforme a lei Municipal de n° 16.284/97.

Para realizar a classificação do imóvel como IEP é necessário que seja feita a elaboração de um parecer técnico da DPPC para avaliar se ele preenche os requisitos exigidos. Após isso, o parecer é submetido ao Conselho de Desenvolvimento Urbano (CDU) que vota pela sua inclusão, ou não, no rol de IEPs por meio de Decreto Municipal.

Com 115 anos de história, o Colégio da Sagrada Família faz parte de uma congregação francesa fundada por Santa Emília de Rodat e se instalou no local atual, terras do antigo Engenho Casa Forte, desde 1907.A escola tem, atualmente, cerca de 260 alunos matriculados da Educação Infantil ao 9º anos do Ensino Fundamental.  A análise do parecer sobre o imóvel do Colégio pelo CDU está prevista para acontecer na próxima reunião do Conselho, que deve acontecer no fim do mês de novembro.

IEPS

Segundo a Prefeitura do Recife desde 2013 o órgão classificou 107 imóveis como Imóveis Especiais de Preservação. Em 1997, quando foi promulgada a Lei Municipal 16.284, foram classificados 154 imóveis como IEPs.