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Recifense é o maior pagador de impostos em ranking das capitais do Nordeste

Levantamento apresentado por Priscila Krause e Alcides Cardoso mostra capitais onde mais se paga impostos

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Augusto Tenório

Publicado em 21/01/2022 às 14:01 | Atualizado em 21/01/2022 às 14:03
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Levantamento apresentado na tarde desta sexta-feira (21) pela deputada estadual Priscila Krause (sem partido) e pelo vereador Alcides Cardoso (DEM) mostra o ranking das capitais onde mais se paga tributos estaduais e municipais por habitante. Recife, segundo dados compilados do Anuário Multicidades 2022, lidera a lista.

Segundo os números, obtidos no relatório produzido pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP), o cidadão recifense repassou aos cofres estaduais e municipais, em média, R$ 1.765,10 no ano de 2020. Os dados incluem ICMS e IPVA no âmbito estadual e IPTU, ISS, ITBI, Taxas e Contribuição de Iluminação Pública no que se refere à Prefeitura do Recife.

Dessa forma, o ranking fica desta maneira:

  1. Recife (R$ 1.765)
  2. São Luís (R$ 1.416)
  3. Aracaju (R$ 1.404)
  4. Natal (R$ 1.347)
  5. Salvador (R$ 1.273)
  6. João Pessoa (1.229)
  7. Teresina (R$ 1.169)
  8. Fortaleza (R$ 1.162)
  9. Maceió (R$ 983)

De acordo com os dados compilados pelos parlamentares a partir da publicação da FNP, o maior volume de recursos pago pelo cidadão recifense diz respeito ao Imposto Sobre Serviços, o ISS, arrecadado pela Prefeitura (R$ 496,60/ano), seguido do Imposto sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, o ICMS, de responsabilidade do governo estadual (R$ 482,44) e do Imposto Predial e Territorial Urbano, o IPTU, também pago à administração municipal (R$ 304,65).

Para Priscila Krause, o ranking deixa claro que a grande marca das administrações do PSB é “a cobrança desenfreada” de impostos, tanto no governo estadual quanto na Prefeitura. “Há tempo que falamos que as gestões do PSB são eficazes em sufocar o cidadão com tributos cada vez maiores e isso fica claro nesse ranking que soma tantos os impostos estaduais aos municipais. O mais grave é que a qualidade dos serviços públicos é inversamente proporcional às cobranças, quanto mais se tira do bolso do recifense menos se dá em troca de qualidade de vida. É preciso derrubar esse império e eu tenho certeza que 2022 traz essa esperança”, afirmou.

De acordo com o vereador Alcides Cardoso, o que mais impressiona no resultado é a diferença com as outras duas maiores capitais do Nordeste, Salvador e Fortaleza. “A gente fica ouvindo dos avanços em Salvador, em Fortaleza, e imagina que a receita per capita das duas cidades seja muito maior do que a do Recife, mas é justamente o contrário. O que se paga de IPTU e IPVA no Recife, por exemplo, é praticamente inviável para uma família de trabalhadores. É uma carga tributária que tem servido muito mais a um projeto de poder”, concluiu.

Confira a média da arrecadação por habitante no Recife em 2020:

  • ISS: R$ 496,60
  • ICMS: R$ 482,44
  • IPTU: R$ 304,65
  • Taxas municipais: R$ 190,88
  • IPVA: R$ 143,38
  • Contribuição de iluminação pública: R$ 81,00
  • ITBI: R$ 66,15

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