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Romero Albuquerque culpa Juntas e Gleide Ângelo por 'enterro' da CPI do Caso Beatriz

O deputado estadual Romero Albuquerque (PP) provocou um debate acalorado na primeira sessão do ano na Assembleia Legislativa de Pernambuco

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Jamildo Melo

Publicado em 03/02/2022 às 13:06 | Atualizado em 03/02/2022 às 13:29
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Em seu discurso na sessão plenária da quarta-feira (2), o deputado fez críticas às colegas parlamentares Gleide Ângelo (PSB) e Jô Cavalcanti, do mandato coletivo Juntas (PSOL).

Segundo Albuquerque, as duas deputadas trabalharam contra a criação da comissão desde que ele deu início à coleta das assinaturas.

Ainda segundo Romero, o mandato coletivo Juntas “vazou a lista dos parlamentares que já haviam assinado o pedido de CPI e ajudou a pressioná-los a desistir da iniciativa”.

Nesta quinta-feira, Romero Albuquerque admitiu que a CPI não acontecerá.

“Se eu pudesse responsabilizar duas pessoas por não termos criado essa CPI, seriam Gleide e as Juntas”, afirmou a Aldo Vilela, na CBN.

Para ser protocolado, o pedido de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito precisa ter, além da assinatura do autor, o apoio de outros 16 deputados, totalizando um terço dos parlamentares.

Albuquerque disse ter o apoio oficial de 12 colegas e o compromisso de outros três deputados da base do governo. Somando, ainda assim faltaria uma assinatura para alcançar o objetivo.

De acordo com ele, Jô e Gleide teriam se esforçado para jogar um balde de água fria nas articulações e argumentado, através de ligações e conversas, não haver necessidade de instaurar uma CPI.

“Não achávamos que seria tão difícil. Esse não é um trabalho de oposição, nem é algo para expor ou duvidar do trabalho da polícia. Muito pelo contrário. A CPI é uma prerrogativa de qualquer casa legislativa, tem sua legitimidade respaldada pelo regimento interno e, neste caso, tem o único objetivo de agregar às investigações”, disse.

Romero foi recebido pelo secretário Humberto Freire, da Secretaria de Defesa Social, nesta semana e disse que Freire não demonstrou preocupação com uma eventual CPI.

Albuquerque afirma que ainda insistirá com outros nomes da Alepe, como a deputada Dulcicleide Amorim (PT), que prefere primeiro discutir o tema em uma audiência pública que acontecerá no próximo dia 10.

A bancada petista, formada por três parlamentares, diz que, só após a discussão nesta audiência, decidirá sobre o apoio ao pedido de Romero.

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