Sem CPI do caso Beatriz, Juntas comenta questionamentos. Romero Albuquerque volta a bater
Deputado havia culpado Juntas e Gleide Ângelo pelo enterro da CPI
Sem citar o deputado Romero Albuquerque, autor da proposta de uma CPI para o caso Beatriz, o Juntas Codeputadas veio a público "responder aos questionamentos de que estariam impedindo a realização da CPI em relação ao Caso Beatriz". O deputado também rebateu, prontamente, mas citando-as diretamente.
"Entendemos que é prudente seguir o trâmite da Assembleia Legislativa para a escuta e debate. Por isso, no âmbito da Comissão de Cidadania, Direitos Humanos e Participação Popular (CCDHPP), presidida pela mandata, acolhemos o pedido de uma audiência pública sobre o caso, mesmo o pedido tendo sido feito após o encerramento das atividades da Comissão, em dezembro de 2021, e articulamos a sua viabilização com urgência", disse a Juntas.
"Ressaltamos, ainda, que até o presente momento, o gabinete institucional das Juntas Codeputadas não recebeu qualquer pedido formal de composição de requerimento de CPI endereçado à mandata. As informações obtidas a respeito desta possível movimentação, até então, permanecem no âmbito da informalidade e, portanto, o objeto de investigação da possível CPI permanece incerto e não pode ser analisado juridicamente. A mandata não pode se comprometer com a assinatura de qualquer documento sem saber seu conteúdo ou a que ele se dirige".
"As Juntas reforçam seu apoio à família de Beatriz na busca por justiça e seguem apoiando a federalização do caso por entender que as investigações devem prosseguir e que este é o caminho competente para a justa apuração desse crime absurdo cometido em 2015".
Romero Albuquerque
Em resposta às últimas afirmações feitas pelas colegas deputadas Juntas, informo que, de fato, elas não foram acionadas formalmente. "Isto porque, antes mesmo de que houvesse o cumprimento da formalidade, Jô Cavalcanti, mandatária do coletivo, garantiu apoio à iniciativa e concordou com o objeto da Comissão Parlamentar de Inquérito".
"Vale ressaltar que toda articulação para instaurar a CPI aconteceu no período de recesso parlamentar. Nossas conversas, portanto, foram feitas através de aplicativo de mensagens, por onde a deputada assumiu o compromisso de estar junto conosco. Em umas de nossas tratativas, Jô Cavalcanti pediu para conversar com Lucinha Mota, mãe de Beatriz, para confirmar o interesse dela nas investigações".
"Se as discussões em audiência pública são mesmo o critério de avaliação da necessidade de uma CPI e esta foi acolhida e acontecerá no âmbito do colegiado que a colega preside, por qual motivo esse argumento não foi apresentado inicialmente?"
"No entanto, se, agora, a colega requer a formalidade, faço questão de ir ao seu gabinete e lhe entregar o ofício solicitando o seu apoio. O documento também será enviado via SEDEX, de forma segura e ainda mais formal, resguardando os dois mandatos com a verdade dos fatos."