EMPREGO

Lula despista sobre nova edição do Fome Zero, mas fala em reforma trabalhista

Em entrevista concedida à Rádio Clube, Lula (PT) falou sobre o combate à fome, mas despistou sobre a criação de uma nova edição do Programa Fome Zero caso seja eleito presidente da República

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Augusto Tenório

Publicado em 09/02/2022 às 11:08
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Em entrevista concedida à Rádio Clube, Lula (PT) falou sobre o combate à fome, mas despistou sobre a criação de uma nova edição do Programa Fome Zero caso seja eleito presidente da República. O petista, porém, falou sobre reformar a legislação trabalhista, que retirou direitos e não gerou explosão de empregos.

Questionado na entrevista se estaria disposto a reeditar o Fome Zero, criado em 2003 como forma de colocar em prática sua principal bandeira na campanha, Lula não respondeu. Apesar disso, destacou problemas contemporâneos relacionados ao tema e prometeu combatê-los.

O ex-presidente disse que a fome, no Brasil, não é resultado da falta de produção de alimentos, mas da falta de condições financeiras para adquirir comida e, nas suas palavras, "falta de vergonha na cara das pessoas que governam esse país".

"Não é explicável que o 3º maior país produtor de alimento do mundo, o maior exportador de proteína animal, tenha gente na fila pegando osso ou comendo carcaça de frango, sem ter as proteínas e calorias necessárias", frisou.

Energicamente, disse já ter acabado com a fome uma vez e garantiu acabar com o problema novamente. O Brasil saiu do Mapa da Fome da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação da Agricultura em 2014, durante o governo Dilma Rousseff (PT), sucessora do ex-presidente.

Lula defende nova reforma trabalhista

Ainda na entrevista, o virtual candidato do Partido dos Trabalhadores defendeu políticas de distribuição de renda, além de uma nova reforma trabalhista. 

"Quando digo que quero a filha da empregada doméstica no mesmo da filha da patroa, não quero desprezar ou rebaixar a patroa, mas elevar o nível de participação da sociedade brasileira. (...) Temos que subsidiar casa para os pobres, pois sem isso, ele não pode pagar prestação", citou.

Para isso, o petista avalia ser necessário extrair recursos dos mais ricos para ajudar os mais pobres. "Isso não é comunismo, isso é cristianismo. Está na bíblia, na declaração universal dos Direitos HUmanos e na nossa constituição", argumentou.

Ao falar em reformar a legislação trabalhista, Lula citou o caso da Espanha. No país d'além mar, após reforma trabalhista semelhante à brasileira, ocorre uma revisão no sentido de garantir direitos, férias e seguridade social. 

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