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Empresário de Caruaru disputará Fecomércio em bate chapa inédito

O bate chapa é histórico. Não se tem notícia de um racha entre os empresários do comércio em muitos anos

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Jamildo Melo

Publicado em 17/02/2022 às 9:05 | Atualizado em 17/02/2022 às 13:33
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Um empresário de Caruaru, capital do Agreste, vai desafiar o status quo na Federação-Pernambuco (Federação do Comércio, Serviços e Turismo em Pernambuco). O empresário e presidente do Sindilojas de Caruaru, Manoel Santos, vai se lançar candidato de oposição e tentar derrubar do cargo o atual presidente, Bernando Peixoto.

O bate chapa é histórico. Não se tem notícia de um racha entre os empresários do comércio em muitos anos.

A Fecomércio-PE é responsável pela administração de centenas de milhões de reais, do Sesc, Senac e Instituto Fecomércio, anualmente.

O objetivo da entidade é defender economia de mercado livre e promover o desenvolvimento e o fortalecimento da atividade comercial. Ela tenta crumprir esta missão atuando junto a 20 sindicatos patronais filiados. Também é responsável pela administração regional do Serviço Social do Comércio (Sesc) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac).

Bernardo Peixoto foi eleito presidente da Fecomércio em 2019, depois da morte do ex-presidente Josias Albuquerque. O mandato complementar do sucessor começou em 20 de fevereiro de 2019 e vai até o dia 17 de junho de 2022.

Curiosamente, Manoel Santos foi eleito um dos vice-presidentes de seguimento da Fecomércio ao lado de Peixoto em abril de 2019.

A pauta da oposição tem como principais temas o fim das reeleições sucessivas e pode até incluir questionamento de transparência na entidade.

"Não pode haver perpetuação na entidade para cargos de diretoria e presidência", defendem.

Advogados abriram representação na OAB

As eleições podem ser ser acirradas, a se julgar pelos acontecimentos recentes.

Na virada do ano, uma prestação de contas virou briga. Uma parte da oposição reclama que nos últimos anos não teria prestado contas ao conselho de representantes. Quando um grupo de representantes se absteve de votar no final de 2021, uma prestação de contras de 2020, dois advogados da oposição foram impedidos de participar e a polêmica gerou uma representação na OAB local.

"A briga na reunião de prestação de contas deveu-se mais uma vez a recusa de abertura das despesas e receitas da entidade e em especial, das contas do Instituto Fecomércio, que movimenta mais de 1,5 milhões por ano, é conduzido pela secretária do presidente Bernardo Peixoto e não tem as contas expostas nos balanços há muitos exercícios", afirma um filiado.

"... essa falta de transparência não começou agora, há vários exercícios as contas não são aprovadas por unanimidade do Conselho de Representantes", diz outro empresário, sob sigilo de fonte.

O pleito entre os empresários do comércio deve acontecer em abril ou maio.

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