A deputada estadual Priscila Krause (sem partido) disse nesta quinta, via redes sociais e em informe ao Blog de Jamildo, que o Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB), em um documento divulgado pela parlamentar, constatou que, entre o quantitativo de ampolas do medicamento cedidas ao município de João Pessoa pela Prefeitura do Recife ou governo de Pernambuco em 2021, houve o descarte de “ao menos 37.480 unidades do medicamento”, que correspondem ao prejuízo de R$ 308.899,80.
Nesta quarta, ela havia denunciado a existência de 19 mil frascos do antibiótico Cloridrato de Cefepima próximos de perder a validade nos almoxarifados das secretarias de Saúde do Recife e de Pernambuco.
"Não se pode admitir que o destino dos itens repita o que ocorreu em 2021 com parte do estoque do sedativo Propofol, também comprado em excesso pela Prefeitura do Recife no início da pandemia: o descarte através da incineração", afirmou.
Segundo o material do TCE-PB, enviado ao Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE) no âmbito de investigações locais sobre os estoques da Prefeitura do Recife e do governo de Pernambuco, 20 mil ampolas enviadas pela Secretaria de Saúde do Recife ao município de João Pessoa chegaram à Central Municipal de Abastecimento Farmacêutico da capital paraibana apenas em 15 de abril de 2021, “restando 15 dias para expirar o prazo de validade”.
Viu movimentação política
“O TCE-PB evidenciou que os lotes recebidos pela Central Municipal de Abastecimento Farmacêutico – CMAF na data de 15 de abril de 2021 foram todos descartados, sem utilização/distribuição”, explica.
“O próprio relatório de acompanhamento do TCE de Pernambuco registrar que há indícios de que apontam que essas transferências tiveram como movimentação simplesmente não deixar que o medicamento tivesse seu prazo de validade expirado nas dependências das secretarias de Pernambuco e do Recife. Ou seja, é uma ação deliberada das gestões do PSB para ocultar provas de compra superdimensionada que marcaram a administração do Recife com a clara conivência e participação do governo de Pernambuco. É algo que pedagogicamente precisa ter configurado o crime e os seus responsáveis”, afirmou Priscila.
Das 590 mil ampolas compradas emergencialmente pela administração do ex-prefeito Geraldo Julio, cerca de 440 mil foram repassadas a outros estados e municípios a poucas semanas do fim da validade dos produtos.
Para o município de João Pessoa, foram repassados 93 mil ampolas (15,8% da compra do Recife), das quais 37.480 foram incineradas. O TCE-PE tem duas auditorias sobre o tema, ambas com relatórios concluídos, mas ainda não julgadas.
Com a palavra a PCR
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