Pandemia

Priscila Krause diz que sedativos comprados em excesso pela Prefeitura do Recife na pandemia foram incinerados em João Pessoa

Documento do Tribunal de Contas da Paraíba atesta que 37.080 ampolas repassadas da Prefeitura do Recife à capital paraibana foram descartadas

Jamildo Melo
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Jamildo Melo
Publicado em 24/02/2022 às 17:24
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CRÍTICA Segundo Priscila, houve atuação em conjunto de gestões para que insumos não estragassem em PE - FOTO: DIVULGAÇÃO
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A deputada estadual Priscila Krause (sem partido) disse nesta quinta, via redes sociais e em informe ao Blog de Jamildo, que o Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB), em um documento divulgado pela parlamentar, constatou que, entre o quantitativo de ampolas do medicamento cedidas ao município de João Pessoa pela Prefeitura do Recife ou governo de Pernambuco em 2021, houve o descarte de “ao menos 37.480 unidades do medicamento”, que correspondem ao prejuízo de R$ 308.899,80.

Nesta quarta, ela havia denunciado a existência de 19 mil frascos do antibiótico Cloridrato de Cefepima próximos de perder a validade nos almoxarifados das secretarias de Saúde do Recife e de Pernambuco.

"Não se pode admitir que o destino dos itens repita o que ocorreu em 2021 com parte do estoque do sedativo Propofol, também comprado em excesso pela Prefeitura do Recife no início da pandemia: o descarte através da incineração", afirmou.

Segundo o material do TCE-PB, enviado ao Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE) no âmbito de investigações locais sobre os estoques da Prefeitura do Recife e do governo de Pernambuco, 20 mil ampolas enviadas pela Secretaria de Saúde do Recife ao município de João Pessoa chegaram à Central Municipal de Abastecimento Farmacêutico da capital paraibana apenas em 15 de abril de 2021, “restando 15 dias para expirar o prazo de validade”.

Viu movimentação política

“O TCE-PB evidenciou que os lotes recebidos pela Central Municipal de Abastecimento Farmacêutico – CMAF na data de 15 de abril de 2021 foram todos descartados, sem utilização/distribuição”, explica.

“O próprio relatório de acompanhamento do TCE de Pernambuco registrar que há indícios de que apontam que essas transferências tiveram como movimentação simplesmente não deixar que o medicamento tivesse seu prazo de validade expirado nas dependências das secretarias de Pernambuco e do Recife. Ou seja, é uma ação deliberada das gestões do PSB para ocultar provas de compra superdimensionada que marcaram a administração do Recife com a clara conivência e participação do governo de Pernambuco. É algo que pedagogicamente precisa ter configurado o crime e os seus responsáveis”, afirmou Priscila.

Das 590 mil ampolas compradas emergencialmente pela administração do ex-prefeito Geraldo Julio, cerca de 440 mil foram repassadas a outros estados e municípios a poucas semanas do fim da validade dos produtos.

Para o município de João Pessoa, foram repassados 93 mil ampolas (15,8% da compra do Recife), das quais 37.480 foram incineradas. O TCE-PE tem duas auditorias sobre o tema, ambas com relatórios concluídos, mas ainda não julgadas.

Com a palavra a PCR

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