Eleições 2022

Júnior Tércio esnoba Moro, deixará partido e pode complicar chapa do Podemos. Onde vão os Tércio?

Os Térrcio são figura carimbada nas visitas de Bolsonaro ao Estado, como Transposição

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Jamildo Melo

Publicado em 02/03/2022 às 19:51 | Atualizado em 02/03/2022 às 20:34
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O vereador do Recife Júnior Tércio, pastor casado com a deputada estadual Clarissa Tercio e que foi o vereador mais votado na eleição passada pelo Podemos, no Recife, vai deixar o partido e busca uma nova legenda em que possa dar apoio, de forma confortável, ao presidente Bolsonaro. Ele vai dar o fora do Podemos por conta da chegada do ex-ministro Sérgio Moro, que acabou virando desafeto de Bolsonaro.

De acordo com fontes da Política local, Tércio quer ir para o PL de Bolsonaro e Valdemar Costa Neto, mas a família Tércio, que se criou a partir de uma desiguinação religiosa em Jaboatão, disputa o mesmo espaço com o atual prefeito Anderson Ferreira, candidato ao governo do Estado da Família Ferreira.

Ministério do Turismo
"Se Anderson sair do PL a coisa muda para ela (Clarissa Tércio). No União Brasil, ela seria puxadora de votos. A estrela", conta um aliado conservador. - Ministério do Turismo

Tércio tem dito a interlocutores que não quer fazer nada brigado, mas o principal impedimento é o desconforto da deputada Clarissa Tércio.

"Clarissa gostaria de ir para o PL, mas não há garantias em ficar liderada de Anderson Ferreira. O que garante que ele não sabotaria um projeto futuro dela de ser prefeita da cidade de Jaboatão, no futuro? Os dois correm no mesmo nicho, o mesmo eleitorado evangélico e conservador", apontam conservadores próximos.

Espertos, calculando há anos cada passo, Anderson Ferreira e a família "deixarão" a prefeitura de Jabotão em breve, mas não terão dor de cabeça. O atual vice dele, Luiz Medeiros (do PSC) , e que vai assumir o posto com a renúncia de Anderson Ferreira, é contra-parente da mesma família conservadora. A esposa de Luiz Medeiros é irmã da esposa de André Ferreira.

Pois bem.

A segunda opção de Tércio para o desembarque seria o PSC, mas o partido também é comandado por um irmão de Anderson, no caso o deputado federal André Ferreira.

"Por tudo isto, (Clarissa) ser vice em uma chapa assim pode não ser interessante (para o grupo)".

Negociações com o União Brasil

Nesta semana, uma novidade é a informação de que os Tércio estariam cogitando, além do PL, o União Brasil, de Luciano Bivar.

Nesta terça-feira, o blog revelou que Gilson Machado Neto, ministro de Bolsonaro indicado para disputar o Senado, discute uma aliança para ser o candidato a senador de Miguel Coelho, ex-demecratas e pré-candidato do União Brasil. "O receio dos Tércio com Bivar é saber se vai ter legenda ou não", conta uma fonte do blog, com as mãos em oração.

Em tese, a parceria seria boa para ambos. Gilson Machado não tolera Anderson e gostaria de ser o senador de Miguel Coelho. Os Tércios não batem com Anderson e poderiam ajudar na chapa do União Brasil. Miguel precisa agregar apoios. A conferir.

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação - Foto: Divulgação

Formação de chapas

Se o futuro é incerto - exceto para Deus, claro - o passado já pode ser contado. Neste momento de formação de chapas, o que se comenta é que, ao não ficar no Podemos, Júnior Tércio complicou a vida do presidente do Podemos, Ricardo Teobaldo, que buscava uma dobradinha com ele.

"Teobaldo estava se confiando em Júnior de Tércio, mas ele não vai ficar no Podemos. E a conta é simples: Se Tércio tivesse mais de 200 mil votos, o Podemos poderia fazer dois deputados somando com uns 120 mil de Ricardo Teobaldo. Agora sempre haveria risco. Se Tércio tiver só uns 120 mil, quem dançaria era Teobaldo e o vereador iria para Brasília", especula uma fonte do blog.

"Ele vai sair de todo jeito, por causa de Moro, no limite da janela partidária. Ele deve renunciar, em vez de se licenciar, uma vez que não há janela eleitoral para vereadores e é certo que ele ganhe para deputado federal", informa uma fonte.

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