Pesquisa Ipespe: como o brasileiro percebe a postura de Bolsonaro na guerra entre Rússia Ucrânia

A população brasileira se encontra dividida na percepção de como Jair Bolsonaro (PL) se posiciona sobre a guerra travada entre a Rússia e a Ucrânia. Isso é o que aponta a recente pesquisa Ipespe, divulgada na última semana.

De acordo com o levantamento, 48% dos brasileiros acreditam que a postura do presidente está totalmente ou parcialmente errada. Outros 42% acreditam que está parcialmente ou totalmente correta. Veja como se divide a opinião:

• 33% considera a postura totalmente errada
• 15% considera a postura parcialmente errada
• 25% considera a postura totalmente correta
• 17% considera a postura parcialmente correta
  
• 10% não soube ou não quis responder

"Vale mencionar que essa discussão não foi incorporada até o momento à pré-campanha eleitoral. O encontro de Bolsonaro com Putin dias antes da invasão, muito criticado, parece não ter produzido efeitos negativos nessa dimensão. Sua conduta é respaldada por um percentual muito superior ao da sua Aprovação geral. Mas estamos longe de ter um quadro definitivo. Quando os efeitos da guerra se fizerem sentir com mais força será oportuno revisitar a questão", aponta Antônio Lavareda, presidente do Ipespe.

A pesquisa também questionou os entrevistados sobre qual deve ser a postura adotada pelo Brasil na guerra entre a Rússia e Ucrânia. A grande maioria, 62%, considera a neutralidade como melhor posicionamento para o país. Outros 29% acreditam no apoio aos ucranianos e 2% aos russos.

A informação corrobora a percepção nacional acerca da legitimidade dos discursos envolvendo o conflito. O Ipespe questionou aos brasileiros quem tem mais razão na guerra e relata o seguinte:

• Para 56%, a Ucrânia tem mais razão
• Para 8%, a Rússia tem mais razão
• Para 17%, nenhuma das partes tem mais razão
• Para 3%, as duas têm suas razões
• Outros 17% não soube ou não respondeu

Mais informações sobre a pesquisa Ipespe de março

A pesquisa Ipespe foi realizada no período de 07 a 09 de março de 2022, com amostra nacional de 1.000 entrevistados, representativa do eleitorado brasileiro, de 16 anos e mais, de todas as regiões do País.

A margem de erro máximo estimada é de 3.2 pontos percentuais para mais ou para menos, com um intervalo de confiança de 95,5%