ELEIÇÕES 2022

Marília Arraes deve deixar o PT e disputar Senado pelo Solidariedade ou Cidadania

Após sofrer diversos revezes no partido, a deputada federal Marília Arraes vai deixar o PT e se filiar ao Solidariedade ou Cidadania

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Jamildo Melo, Augusto Tenório

Publicado em 17/03/2022 às 12:31 | Atualizado em 17/03/2022 às 19:53
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Após sofrer diversos revezes no partido, a deputada federal Marília Arraes deve deixar o PT para se filiar ao Solidariedade ou ao Cidadania. Ela também conversa com a Rede Sustentabilidade, mas na disputa pela parlamentar, o partido de Paulinho da Força é a aposta dos aliados da deputada federal.

Neste domingo (20), está prevista uma reunião do PT com Gleisi Hoffman e a situação pode ser revertida. Diante disso, alguns acreditam que a deputada pode estar tentando valorizar seu passe numa possível negociação.

Isso acontece porque Marília Arraes deseja uma candidatura ao Senado, vista como impossível de ser concretizada dentro do PT. De acordo fontes do partido, ouvidas sob reserva, sua saída está cada vez mais próxima.

Segundo interlocutores próximos à deputada, ela está sendo assediada por diversas legendas de centro e centro-esquerda, enquanto é esnobada por parte dos colegas petistas. "Todos querem ela, menos o PT", ironiza uma fonte.

Isso acontece porque, mesmo sem espaço no PT por causa de disputas internas envolvendo Humberto Costa e rejeições do PSB, Marília Arraes lidera a pesquisa de intenção de voto ao Senado. Isso a torna um ativo eleitoral importante em Pernambuco.

Como apurou a reportagem com aliados próximos à deputada federal, o provável destino de Marília Arraes é o Solidariedade. Augusto Coutinho está de saída do partido e pode deixar um espaço vago para a parlamentar assumir o comando do partido e disputar o Senado.

No Solidariedade ou no Cidadania, Marília Arraes poderia caminhar ao lado de Raquel Lyra, pré-candidata ao Governo de Pernambuco pelo PSDB. A prefeita de Caruaru tem uma história parecida: era do PSB mas, sob o risco de ser alijada da eleição, deixou o partido e ingressou no grupo tucano.

A gestora da Capital do Agreste, líder na intenção de voto ao Governo de Pernambuco, ainda não montou sua chapa. Caso se alinhem, a prefeita e a parlamentar formariam uma chapa com as líderes nas pesquisas eleitorais: uma ao executivo e a outra ao Senado.

O único empecilho, visto como solucionável por interlocutores de ambos os lados, é o palanque de João Doria, pré-candidato do PSDB à Presidência da República. No Solidariedade, porém, Marília Arraes poderia se distanciar dessa imagem e tentar a manutenção da associação feita entre seu nome e o de Lula (PT), candidato com grande poder de transferência de votos em Pernambuco.

A Rede, apesar de vista como destino natural pela associação mais forte à esquerda e pela disposição para recebê-la, não tem muitas chances. Avaliação parecida é feita com relação ao PSOL, com quem ela já conversou.

Isso porque aliados da deputada federal encaram que a legenda, em processo de construção no estado, não oferece condições e estrutura para sustentar sua candidatura ao Senado. Prova disso é que as tratativas não chegaram ainda à executiva nacional.

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