Eleições 2022

Após Marília Arraes trocar PT pelo Solidariedade, Raquel Lyra receberá aliada de braços abertos

Raquel Lyra abraça Marília Arraes por representar um apoio à oposição em Pernambuco

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Jamildo Melo

Publicado em 17/03/2022 às 18:41 | Atualizado em 17/03/2022 às 19:50
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O blog de Jamildo apurou que a pré-campanha de Raquel Lyra (PSDB) vai receber a deputada federal Marília Arraes de braços abertos, assim que a petista oficializar a sua saída do PT, para ingressar no Solidariedade. As duas são amigas e vinham negociando nos bastidores uma eventual parceria. Consta que Marília Arraes chegou a sugerir a tucana que não aceitasse o palanque de Bolsonaro, de modo que elas pudessem estar juntas contra o PSB, no Estado.

O tapete vermelho por parte de Raquel Lyra tem a ver com a junção de forças contra a situação.

"É claro que Raquel a receberá de braços abertos. Ela ajuda a oposição", afirmam tucanos, ao blog.

"Basta ela ter coragem e dar o primeiro passo (saindo do PT)", completa a fonte do blog.

De acordo com os aliados da tucana, também já estaria precificado a aposta de Marília Arraes em Lula, mesmo no palanque da tucana, que tem como presidenciável João Dória. Isto porque o Solidariedade Nacional já deu apoio a Lula e ela mesma precisa manter-se na trilha da esquerda.

RPM vem ai!

Entre os aliados da tucana, já se comenta a possibilidade de que ela venha a formar um inédito triunvirato feminista, nestas eleições. Ao lado de Raquel Lyra, estaria Priscila Krause como vice e Marília Arraes no Senado. Em comum, todas elas foram alijadas dos seus partidos por serem insubmissas. Raquel teve rusgas com o PSB, antes de sair para o PSDB. Priscila Krause negou estar ao lado do União Brasil e deixou o Democratas. Agora, é a vez de Marília Arraes, abominada tanto por uma ala do PT como pelo PSB.

No PT, o desfecho da crise foi visto como uma derrota de Humberto Costa, considerando que ele recebeu a delegação de pacificar o partido e não conseguiu. Verdade que não conseguiu, mas foi vitorioso em afastar uma adversária interna.

O Blog apurou ainda que a deputada federal do PT chegou a negociar sua ida para o PSOl, mas que as condições que eles colocaram não foram aceitas. Boulos chegou a visitar ela em casa, mas não deu jogo.


Mais cedo, o blog de Jamildo já havia informado, em primeira mão, que a deputada havia se dado por vencida, na batalha interna pela indicação. Apesar de ter aparecido na frente das pesquisas eleitorais para o Senado, ela enfrentava resistência de nomes do PSB, onde já militou, bem como uma guerra interna no PT, com o cacique Humberto Costa, senador eleito pelo partido.

A neta de Arraes tentou falar com Lula esta semana em São Paulo e não teve agenda. Em paralelo, a presidente do partido havia deixado de atender seus telefonemas. A rusga está relacionada à eleição para a mesa da Câmara dos Deputados, em que o partido de Lula defendia outro nome e Marília bateu o pé e se elegeu. Depois disto, as relações jamais foram as mesmas.

No plano local, inicialmente, na oposição, houve quem apontasse que a movimentação de Marília Arraes era um blefe, para se cacifar na disputa interna.

O blog apurou que Marília tratou da entrada no Solidariedade com o deputado federal Paulinho da Força, de São Paulo. Nas conversas, a ex-candidata a prefeita do PT no Recife fez apenas uma condição, além de recursos para a campanha, obviamente. Ela pediu para estar livre para pedir votos para Lula, na campanha. O Solidariedade apoia Lula e chegou a reforçar a negociação com um convite para Alckmin de vice.

Além do Solidariedade, Marília Arraes teve colocados à disposição os partidos Rede ou Cidadania, de Daniel Coelho. Entre eles, o que mais a aproximava de Raquel Lyra era o Cidadania, pelas mãos de Daniel Coelho. A Rede era o menos cotado porque não conta com estrutura nem tempo de televisão.


Reviravolta na oposição com chegada de Marília Arraes

No Solidariedade, a deputada federal poderá assumir o comando da legenda e redirecioná-la para a oposição. Uma das especulações dá conta de que ela deve rumar ao lado da prefeita Raquel Lyra, do PSDB. A tucana já negociava nos bastidores o apoio da petista e deve recebê-la de braços abertos, já que ambas tem em comum um histórico de querelas com o PSB.

Nas redes sociais, já circula um card brincando com a possibilidade de se ter, de forma inédita, três mulheres na chapa da oposição. O grupo musical RPM é associado a Raquel, Priscila Krause e Marília Arraes.

Como ela deve ser uma candidata solo, compondo a chapa com Raquel Lyra, não precisará muito de formar uma chapa de proporcionais. No caso de Paulinho, como vários parlamentares estão deixando a legenda, este ano, ficará mais fácil mandar recursos do fundo partidário, diante da chance de eleger uma aliada para Lula.

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